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terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Relatório da Visita à Unidade Básica de Saúde

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Grata,

Ana Débora Santana

82 comentários:

  1. Sérgio Reis Marques Turma: 01A

    Visita à UBS em 17-01-2014
    Nossa visita à Unidade básica de saúde (UBS) José Machado de Souza, teve como objetivo a visualização das estruturas físicas que compõe as unidades de maneira geral e, para que pudéssemos entender como se articulam essas unidades, conhecendo um pouco do trabalho do profissional médico neste ambiente. Todas têm a mesma estrutura, ou deveriam ter. Como foi observado, nesta unidade foi obedecido o padrão: corredores com as salas de atendimento, a sala de procedimentos separada, localizada no final do corredor e com uma janelinha para o expurgo para que este material contaminado não circule, presença de farmácia, sala de nebulização. Os pisos são antiderrapantes e sem espaços, para facilitar a limpeza, da mesma forma as paredes também possuem revestimento de cerâmica para facilitar a higienização. Após conhecer a estrutura, tivemos o prazer de conversar com um dos médicos presentes, o Dr. Caio que nos contou um pouco de sua experiência e de como o mesmo fez para adquiri-la, visto que o mesmo é recém-formado.
    Tive a impressão de ser uma unidade bem organizada. Por falta de tempo não tivemos a oportunidade de conhecer a fundo a rotina e os problemas desta unidade, mas uma dos problemas citado por Caio, e que também observo na UBS onde moro, é a falta de profissionais, a quantidade reduzida para atender uma demanda muito grande de pacientes, por N motivos, uns estão de férias, outros estão de licença, além da carência de medicamentos, que como foi observado pelo médico, alguns ele até leva.

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  2. Myriam Fernanda Ferreira - Turma A1

    No dia 17/01/2014, participamos de uma visita à UBS José Machado de Souza, localizada no Bairro Santos Dumont, com o intuito de melhor conhecermos a estrutura e o funcionamento deste tipo de unidade de saúde. Inicialmente, a profª Ana Débora nos levou a conhecer o prédio da unidade, indicando a funcionalidade de cada ambiente e o design da estrutura de acordo com o seu uso, bem como detalhes que tornam o ambiente mais fácil de ser mantido dentro dos padrões de higiene, como o revestimento das paredes e o piso de cimento industrial. Em seguida, a profª nos apresentou a um dos médicos da unidade, o Dr. Caio Werner, formado pela UFS há um ano, que antes de iniciar a residência, decidiu trabalhar na atenção primária do SUS, para melhor conhecer o funcionamento deste sistema e para, finalmente, por em prática tudo aquilo que foi visto durante a graduação. Ao passar toda a sua experiência nesta unidade, o início tumultuado, ainda tentando conciliar a teoria com a prática e a preocupação em não agravar situações já tão difíceis, até o presente momento, em que toda a comunidade assistida reconhece e aprecia o que ele vem realizando durante este período, desenvolvendo medidas resolutivas para a parcela da população que mais precisa delas, é reconfortante e inspirador para nós, acadêmicos. É como se estivéssemos tendo um preview do início de nossa vida profissional. Este tipo de experiência é extremamente enriquecedora e que, como o próprio Dr. Caio comentou, é um momento para lapidar a conduta e os conhecimentos como médico, que irão nos nortear no início da carreira. A falta de incrementos para o bom andamento dos serviços prestados na unidade é um problema que qualquer UBS apresenta, e que devemos tentar dirimir de alguma forma, como o Dr. Caio faz, conseguindo amostras grátis para distribuir à comunidade, bem como usando sua rede de contatos para agilizar a realização de algum exame ou procedimento de pacientes que apresentam uma doença que não pode aguardar o “tempo do SUS”. Sempre me imaginei realizando este tipo de serviço, junto a comunidades menos favorecidas, mas era algo tão distante e incerto ... Mas o relato de Dr. Caio demonstrou que sim, é possível trabalhar no SUS e poder fazê-lo um sistema melhor, apesar de todas as agruras pelas quais estaremos sujeitos.

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  3. Fernando Vinícius Alves

    A impressão que tive da visita à Unidade de Saúde da Família José Machado de Souza foi muito positiva, pois logo ao adentrar no recinto percebi uma certa organização no atendimento e não havia ninguém reclamando do serviço. Diante dos comentários do Dr. Caio Werner, pude constatar como é positivo inscrever-se no Provab, o qual proporciona, segundo ele, uma oportunidade de fazer um "sétimo ano" de faculdade, ou seja, colocar em prática tudo que foi aprendido, sem ser exigido demais, já que, como ele contou, ele podia até mesmo abrir o Blackbook diante dos pacientes para tirar dúvidas em relação a prescrições e procedimentos sem que eles o julgassem mal. Justamente o contrário, eles se sentiam mais confiantes e constatavam que Caio estava querendo fazer o certo. Ao contrário do que pensava, vi que na Unidade de Saúde da Família não chegam somente casos comuns, o que proporciona um bom leque de aprendizado e consolidação do conhecimento. Achei muito interessante a preocupação de Dr. Caio em fazer com que os pacientes aderissem ao tratamento quando separou os remédios na dosagem certa em potinhos para que a paciente obtivesse êxito em baixar sua pressão arterial. Isso é uma forma de ganhar experiência em lidar com a população mais carente de maneira eficaz, o que é mais difícil acontecer em ambiente acadêmico, pois ficamos mais limitados ao que o professor ordena. Assim, aprendemos as nossas próprias estratégias de tratamento.

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  4. Helaina Peixoto Gurgel
    Visita à Unidade Básica de Saúde Francisco Franco, dia 9 de janeiro de 2014. A impressão que tive da UBS foi bem diferente da que esperava encontrar. A visão que acabamos absorvendo é a de um posto de saúde com precárias condições que alterna entre duas condições, abandono e/ou superlotação o que impede o atendimento eficaz, diminuindo a resolutividade desse nível de complexidade. A unidade me passou a impressão de que era bem estruturada, limpa, com salas de procedimentos e de atendimentos em boas condições de uso. Foi notória que a unidade consegue se organizar com destreza, pois ela sozinha é responsável por cuidar da atenção básica de 26 mil pessoas. A unidade é equipe de referência para farmácia, distribuindo medicamentos para outras UBS. A equipe médica é ampla, contando com ginecologistas, obstetras, pediatras, psiquiatra e médicos do PSF. A marcação de consultas, segundo a gestora da unidade, é bem eficiente, os usuários conseguem marcar para serem atendidos por um médico em menos de uma semana. O funcionamento ocorre das 7hrs as 17hrs. A Atenção Básica deve ser o contato preferencial dos usuários com o Sistema Único de Saúde, uma vez que é a principal porta de entrada das redes de atenção à saúde (Portal Saúde, 2014). A UBS Fernando Franco atende aos requisitos pactuados e sua função na atenção básica de baixa complexidade, sendo o elo central do sistema de Redes de Atenção à saúde. Ela, portanto, realiza de forma adequada a atenção domiciliar e ambulatorial.

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  6. João Manoel da Silva Santos
    No dia 16/01/2014, por intermédio de atividade prática da disciplina saúde Coletiva 3, que está proporcionando a oportunidade de ir a campo conhecer e analisar acerca das ações do SUS. Foi realizada visita à Unidade Básica de Saúde (UBS) José Machado de Souza.
    O projeto de construção das UBS leva em consideração o local onde será implantada, buscando conhecer o que a área apresenta de recurso ambiental, natural e social. E deve-se realizar o mapeamento e conhecimento do território da área adscrita pela UBS, para que se escolha o melhor lugar facilitando o acesso aos usuários (Ministério da Saúde, 2008). Foi observado que a UBS do Santos Dumont encontra-se na principal avenida do bairro, com muitas casas habitadas por perto, atendendo os critérios de local estratégico para acesso aos usuários. No entanto, existe um terreno abandonado ao lado com esgoto ao céu aberto, o que pode criar problemas de diversos tipos, e que precisa ser solucionado com medidas de esgotamento sanitário adequado para reduzir os impactos à população.
    Quanto aos critérios de estrutura (Ministério da Saúde, 2008). A UBS possui espaços e salas definidos e que têm utilização compartilhada por todos os profissionais e usuários. Foi bom observar também, que o hall de entrada segue as normas de acessibilidade aos deficientes físicos possuindo rampa, e foi interessante saber também a existência de uma sala que fornece um espaço a reuniões em grupo e com objetivos de capacitações e educação continuada, fato que considero importante para a qualificação dos profissionais e o bom atendimento à população.
    Na conversa com um dos médicos da UBS, foi compartilhado suas experiências no PROVAB. Foi exposta sua satisfação de trabalhar na atenção básica, fiquei feliz e surpreso em saber que se pode solucionar mais de 80% das queixas que chegam. Muito interessante também entender como é a relação entre as equipes de saúde da família e os usuários, saber que a população adscrita é dividida por áreas e cada equipe é responsável por uma área. E entender como o acolhimento à demanda espontânea funciona facilitando o acesso ao usuário (MATUMOTO, 1998) foi mais um ponto gratificante, saber que todos que chegam naquela UBS são acolhidos da melhor maneira possível serviu para quebrar um pouco da visão deturpada a respeito do atendimento oferecido pelo SUS. Contudo, também conhecemos um pouco dos problemas residuais da UBS, que algumas vezes giram em torno das falhas dos processos de trabalho e falhas nas redes de atenção a saúde que infelizmente impedem que a boa assistência ao paciente ocorra.
    No entanto, levando em conta que a UBS possui 6 equipes de saúde da família, com dentistas e psicólogos, é responsável por cerca de 22.000 usuários. Boa parte da população adscrita pela UBS é SUS-depedente. E que a população é carente, convivem com moradias precárias, áreas de tráfico e uso de drogas com algumas ruas sem pavimentação e falta de saneamento básico. Considero que a UBS atende um número enorme de pessoas e que os problemas são relativamente pequenos, todavia, ainda existem e precisam ser solucionados, mas dependem de outros setores e do bom funcionamento do sistema de redes e marcação de exames, levando esses problemas pequenos a uma difícil resolução. Porém, mesmo assim, percebi que a comunidade está sendo suprida de maneira satisfatória, devido à boa interação entre as equipes de saúde da família cobrindo “buracos” e faltas de outros profissionais, e a boa interação entre a gestão acaba contribuindo para um melhor funcionamento da UBS, fato este, observado durante os relatos da gerente e do médico.
    Portanto, faço uma avaliação positiva da UBS, desde sua estrutura até os profissionais (considerando os relatos), com destaque para o acolhimento e por parte dos profissionais e os usuários e entre os próprios profissionais, e como destaque negativo, alguns problemas, principalmente com relação à rede de marcação de exames e a demanda elevada, mas foi percebido que, no geral, consegue-se solucionar a maioria das queixas dos usuários.

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    1. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

      BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção a Saúde. Departamento de Atenção Básica. Manual de Estrutura física das Unidades Básicas de Saúde: Saúde da Família. Série A, Normas e Manuais técnicos. 2ª Edição. Brasília: Ministério da Saúde, 2008.

      MATUMOTO, S. O acolhimento: um estudo sobre seus componentes e sua produção em uma unidade da rede básica de serviços de saúde. Ribeirão Preto. [dissertação]. Ribeirão Preto(SP): Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto/ USP; 1998.

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  7. Lycianne Gabriela dos Santos Oliveira
    A visita à Unidade Básica de Saúde Francisco Fonseca foi realizada no dia 10 de janeiro de 2014. Além de observarmos a estrutura física do local, tivemos a oportunidade de conversar com um médico e com a gerente da Unidade.
    De maneira geral, percebe-se que a Unidade atende às normas estabelecidas na 2ª edição do Manual de Estrutura Física das Unidades Básicas de Saúde (2008) e conta com alguns dos requisitos básicos além dos consultórios médico e odontológico: sala de imunizações, sala de observação, sala de curativos e de coleta de exames laboratoriais. Muito interessante foi verificar que existe na Unidade uma Sala de Acolhimento como preconizado pela portaria nº 340, de 4 de março de 2013 do Ministério da Saúde, onde a prioridade no atendimento é estabelecida por meio de uma classificação de risco feita por um profissional de saúde da UBS. Um problema verificado foi que a sala de expurgo ficava em frente a um dos consultórios, o que segundo o manual citado acima não é correto, sendo que a sala de expurgo e a de esterelização deveriam ficar num corredor em que não houvesse circulação de pacientes.
    Primeiramente, conversamos com um médico clínico geral da Unidade. Ele nos forneceu informações a respeito do correto funcionamento de uma UBS, que deve atender as necessidades dos pacientes de todas as faixas etárias (da criança ao idoso). Em seguida, ele fez críticas ao que vem ocorrendo naquele local. Comentou a respeito de um dos objetivos fundamentais de uma UBS que é a promoção de saúde com foco nas doenças mais frequentes (Ministério da Saúde , 2008). Ou seja, é necessário que, periodicamente, sejam feitas ações educativas com a população, visando a conscientização e a prevenção dos agravos mais comuns, como por exemplo, hipertensão arterial e diabetes. Nesse sentido, é interessante escolher alguns dias no mês e marcar encontros com os hipertensos, por exemplo, e enfatizar para eles de que maneira e a importância de reduzir o consumo de sal, fazer atividade física e combater o excesso de peso. Isso possibilitaria que tais informações pudessem ser passadas de forma coletiva em cada uma dessas reuniões nas quais os pacientes sanassem suas próprias dúvidas a respeito daquela doença e ao mesmo tempo partilhassem suas vivências, evitando o desgaste do profissional médico que não teria de repetir as mesmas informações para uma alta demanda de pacientes, o que torna a rotina na UBS desgastante. Segundo esse clínico, tais atividades educativas não estão mais ocorrendo por falta de recursos que eram destinados para esse fim. Também comentou a respeito da realização de Capacitações, tão importantes para a educação permanente dos profissionais de Saúde. De acordo com ele, elas também não estavam mais sendo realizadas ali. Outro ponto citado foi a falta de medicamentos básicos que devem fazer parte das caixas de medicamentos utilizadas na sala de observação, isto é, são medicamentos indispensáveis para alguma urgência médica que possa ocorrer com um paciente enquanto ele está na UBS. Conforme dito pelo profissional, tais problemas se agravaram desde o início da atual gestão municipal. Essa observação feita por ele relaciona-se com o NOB-SUS 01/96 que estabelece que os recursos federais são repassados para a Atenção Básica, cabendo ao gestor municipal administrá-los de forma a cumprir as responsabilidades que lhe competem.

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  8. Continuando...
    Lycianne Gabriela dos Santos Oliveira
    Em seguida, conversamos com a gerente da Unidade e esta nos esclareceu diversos outros pontos. Citou a abrangência de atendimento da Unidade que é de aproximadamente 26000 pessoas e tem limites geográficos bem definidos . Ressaltou a participação de médicos clínicos gerais, psiquiatra, ginecologista e pediatra. Um fato importante citado por ela é que a definição de quais especialidades iriam atender aquela região foi feita pela Secretaria de Saúde, não de forma aleatória, mas baseando-se nas necessidades apresentadas pela demanda específica daquela área. Diante do que ela falou, alguns princípios fundamentais do SUS ficaram evidentes. O princípio da Regionalização, ou seja, atender as necessidades de uma área específica delimitada por limites territoriais com o objetivo de uma melhor eficiência do sistema e o princípio da Universalidade, pois mesmo pacientes usuários de planos de Saúde privados poderiam vir buscar medicamentos, desde que trouxessem a receita médica, ou seja, o acesso aos serviços do SUS deve ser garantido a todos independente de qualquer condição.
    De forma geral, essa Unidade de Saúde transmitiu uma imagem positiva, e o que ficou evidente foi o esforço dos profissionais de saúde em fazer o melhor que podem na busca por um sistema eficaz, apesar da falta de determinados recursos materiais.

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  9. Pollyana de Souza Barros turma 1a
    (Visita a UBS José Machado de Souza em 17 de janeiro de 2014).

    Segundo ANDRADE E BARRETO 2007, a atenção básica tem a saúde da família como estratégia prioritária para sua organização de acordo com os preceitos do SUS. E em se tratando da estrutura física destas unidades sabemos que é necessário o preenchimento de alguns requisitos, ou seja a unidade é planejada, necessitando de um espaço adequado para acomodação dos pacientes, corredores e disposição dos consultórios e salas de procedimentos de forma a evitar contaminação, disposição de uma estrutura de fácil limpeza, alta resistência, além do fornecimento de segurança ao paciente evitando acidentes.
    A unidade a qual visitamos mostrou uma boa capacidade de acomodação dos pacientes na sala de espera, a estrutura das paredes e do piso mostrou fácil limpeza assim como resistência, além disso, observei um número de consultórios adequado, sala de observação para urgências básicas, dispensário de medicamentos, sala de nebulização, sala de vacina e sala de curativo vizinha ao expurgo facilitando a esterilização de materiais, entre outros. A unidade parece receber um grande fluxo de pessoas para atendimento médico e imagino que o mesmo deve acontecer com outros procedimentos os quais necessitem da esterilização de materiais, em contrapartida fiquei surpresa com o acúmulo de objetos no expurgo os quais o atribuem mais a função de depósito e dão uma ideia de inativação da sala. Também pude observar que existem horários determinados para o acolhimento de pacientes, entendo que a demanda aumentada de usuários, que na maioria das vezes supera o número determinado de habitantes cadastrados por área, exige uma marcação de consultas para facilitar a organização gerando uma espera por parte do paciente. Porém como este tem livre acesso a unidade e aos profissionais, independente de consulta marcada, o acolhimento em horário integral de funcionamento da unidade seria apropriado para canalização de um fluxo diário extra, gerado pela comunidade.
    Também foi expressa a opinião do médico de uma das equipes sobre o programa de saúde da família e sua experiência cotidiana na unidade, onde pude perceber além do comprometimento e satisfação no desempenho da função, o completo estabelecimento da relação médico-paciente que, em minha opinião, constitui o ponto chave para o desenvolvimento satisfatório do objetivo do Programa de Saúde da Família. Pois segundo POLIGNANO (História das políticas de saúde no Brasil) o PSF elege como ponto central o estabelecimento de vínculos e criação de laços de compromisso e corresponsabilidade entre os profissionais de saúde e a população. Tenho certeza que o profissional deixará saudades na comunidade e que sirva como exemplo para todos que desejem desempenhar a função no saúde da família.

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  10. Francisco José Nascimento Lima – turma 01 B

    Como critério de avaliação parcial da disciplina Saúde Coletiva III, ministrada pela professora Ana Débora, da Universidade Federal de Sergipe, foi iniciada uma série de visitas a distintos serviços de saúde – inerentes às aulas práticas da referida disciplina – a partir do dia 09 de janeiro de 2014. Justamente, nesta data, participei da visita à Unidade Básica de Saúde (UBS) Francisco Fonseca, locada no bairro Santo Antônio, em Aracaju – SE, bem próxima ao Hospital Universitário (HU).
    Ao chegar ao estabelecimento, pela manhã, foi constatado um satisfatório contingente de pacientes a espera de atendimento médico, mas sem demonstrar qualquer tipo de desorganização, onde as consultas eram realizadas sem alarde, sem nenhum evento emergencial que necessitasse de célere resolução. Enquanto a professora Ana Débora nos elucidava sobre a estrutura física da UBS – o porquê da localização de cada sala de atendimento – constatei uma unidade limpa, arejada, sem odor fétido e bem estruturada fisicamente. Havia, de maneira bem criteriosa, se assim posso afirmar uma espécie de “corredor asséptico” ou “corredor limpo”, onde as salas eram locadas em níveis crescentes de complexidade em relação ao maior risco de infecção, tais como: salas de imunizações, de nebulizações, de observação, de curativos, além dos consultórios propriamente ditos – especificamente médicos e odontológicos – situados além desse “corredor”, ou seja, em outra área da UBS. Nessa observação, verifiquei um ponto negativo: a proximidade da sala de expurgo aos consultórios.
    Após essa impressão inicial, fomos a uma sala de reuniões, onde a gerente da UBS – apesar da grande demanda de tarefas no referido turno de trabalho – mostrou-se bastante solícita ao abordar diversos pontos. O munícipio de Aracaju possui 4 UBS tidas como “Postos de Referência”, sendo a Francisco Fonseca uma delas, visto que alberga um aglomerado populacional de cerca de 26 mil habitantes, maior do que boa parte dos municípios sergipanos, com limites bem estabelecidos. Participam da equipe médicos (clínicos gerais, psiquiatra, ginecologista e pediatra), enfermeiros, técnicos de enfermagem, odontólogos e agentes de saúde (estes, atuando de maneira imperiosa numa espécie de “mapeamento” dos pacientes da área topográfica: quem mora? É morador novo? Quem precisa de visita constante no seu domicílio para atendimento especial?). A UBS também possui farmácia de referência por garantir aporte de medicamentos para outras unidades e/ou pacientes que residem em áreas que extrapolam os limites topográficos da Francisco Fonseca, mas que para lá acorrem para adquirir seus insumos.
    A marcação de consultas é bem organizada, com agendamento prévio das mesmas, funcionando das 7hrs as 17hrs. Há um limite diário de atendimentos, com reservas de vagas para eventuais casos emergenciais. Há também uma Sala de Acolhimento, que categoriza o perfil do paciente a ser atendido, baseado numa classificação de risco. Tal circunstância vem a corroborar a questão da humanização do SUS, já tão preconizada pela Lei 8080 de 19 de setembro de 1990.

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  11. Continuando ...

    Infelizmente, naquele dia, dada a considerável sobrecarga de trabalho, não foi possível ter o relato de um profissional de saúde para atestar sua experiência no âmbito da atenção básica.
    Quando eu fazia a graduação em fisioterapia, pela Escola Bahiana de Medicina, em Salvador – BA, em 2003, pelas aulas práticas de Saúde Coletiva, visitei uma UBS também tida como posto de referência na capital baiana, localizada na área das Sete Portas. Na época, apresentava uma estrutura física considerável em termos de área, mas que precisava urgentemente de uma reforma. Funcionava com a mesma carga horária da Francisco Fonseca, mas com enorme entrave em relação ao agendamento das consultas (um importante hiato desde a marcação até o atendimento) devido à grande demanda populacional (quase 100 mil habitantes naquele distrito). Além disso, havia carências de agentes de saúde para albergar tão extensa área.
    Destarte – ao relatar esta experiência precedente em outra realidade cultural totalmente distinta – a impressão global gerada pela visita da UBS Francisco Fonseca foi satisfatória, tanto do ponto de vista da estrutura física, quanto em relação ao gerenciamento da mesma. Percebeu-se que, inserindo-se numa realidade até certo ponto dramática pelo qual atravessa a saúde no Brasil, em especial no Estado de Sergipe, a gerente da UBS não mede esforços para que a Atenção Básica, naquela comunidade, seja verdadeiramente a “pedra fundamental” para os demais serviços de saúde atrelados a complexidades mais superiores, concomitantemente buscando agregar, na prática, os princípios sagrados do SUS – universalidade, equidade, integralidade e controle social – no contexto da municipalidade.

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  12. Carla Vanessa Oliveira do Nascimento

    A fim de conhecer a estrutura de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e seu funcionamento, visitamos no dia 17 de Janeiro de 2014 a UBS José Machado de Souza.

    No Brasil, a Atenção Básica é desenvolvida por meio da descentralização, ocorrendo no local mais próximo das pessoas através da UBS. Ela deve ser a principal porta de entrada dos usuários na Rede de Atenção à Saúde. É responsável por ações que abrangem a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a manutenção da saúde. Tem como centro de atenção a saúde da família, à qual é assistida através da Estratégia Saúde da Família (Ministério da Saúde, 2012).

    Quanto à estrutura da UBS, atende as normas da RDC-50, estabelecida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), por isso a semelhança física entre os postos de saúde. Uma das exigências da RDC-50 é que o piso seja de cimento de alta resistência e de fácil higiene para diminuir a contaminação, e que as paredes sejam revestidas até a metade por azulejo. Apesar de não ser uma unidade de urgência é necessário ter uma sala com monitorização. Além disso, essa UBS contém consultórios, sendo alguns deles pediátricos, sala de vacinação, sala de esterilização, sala de curativos, recepção, corredores amplos.

    O Dr. Caio Werner, médico do Programa de Valorização da Atenção Básica (PROVAB), explicou o quanto é enriquecedor essa experiência, pois diferentemente das aulas práticas da Universidade em que o paciente já vai direcionado a certo ambulatório por outro médico, na UBS você que percorrerá todo o caminho para chegar ao diagnóstico. Ressaltou que o trabalho no PSF não se resume a repetir receita, pois aparecem diagnósticos diferentes. O fato de ter o paciente próximo à equipe permite que o médico estude o caso em que o diagnóstico não foi descoberto na primeira consulta, e assim, depois de resolvido, remarque a consulta. Outro ponto positivo é o acompanhamento da evolução do paciente, pois permitirá saber se sua terapêutica está adequada ou se o paciente está seguindo o recomendado. Um caso interessante que ele contou foi de uma senhora hipertensa que não tomava as medicações e assim sua hipertensão estava bastante descontrolada, mas que foi conseguido estabilizar ao prescrever dose única e colocar dentro de sete frascos esterilizados (um para cada dia da semana) todos os comprimidos de um dia, os quais ela busca toda semana na UBS, ele acrescentou que agora ela está na fase de aprender a distribuir os medicamentos no frasco. Essa atitude confirma a visão de Brunello (2009) que “vínculo é a relação pessoal estreita e duradora entre o profissional de saúde e o paciente que cria laços e facilita a adesão terapêutica e continuidade do tratamento”. Concordo com Pollyana ao dizer “tenho certeza que o profissional deixará saudades na comunidade”, pois ele realmente desempenhou sua função e estabeleceu uma boa relação médico-paciente. Em virtude de toda aprendizagem que essa experiência proporciona, o denominou de sétimo ano.

    Dentre os pontos negativos do funcionamento da UBS, ele ressaltou a falta de algumas medicações e a dificuldade para conseguir certos exames. Por ser preceptor do internato, consegue alguns exames pelo Hospital Universitário, e quando isto não é possível esclarece ao paciente da urgência daquele exame para que este tente consegui-lo por outros meios que não o SUS.

    Continua

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  13. Carla Vanessa Oliveira do Nascimento

    Continuação

    Baseado nos relatos do Dr. Caio Werner, os quais demonstram uma assistência à saúde de qualidade, mas que sofre com alguns empecilhos e no discurso de Rodrigues (2011) que afirma: “A medicina de Família e Comunidade pode contribuir, de fato, para o aprimoramento dos sistemas de saúde porque as necessidades de cuidados primários que as pessoas experimentam ao longo de suas vidas exigem mais do que o emprego de procedimentos focais, transitórios ou pontuais, voltados para o controle de instabilidades fisiopatológicas críticas”, percebemos grande importância da atenção primária na organização de assistência à saúde.

    Esta visita proporcionou, além de conhecer mais sobre a estrutura e o funcionamento da UBS, despertar um olhar diferente a cerca do SUS e do PROVAB. Que apesar de existir falhas e dificuldades na atenção primária, é possível enxergar pontos positivos em relação à estrutura, organização e funcionamento do SUS e que o PROVAB é um meio capaz de ajudar na consolidação do conhecimento adquirido na universidade. De acordo com Rodrigues (2011) “A Estratégia Saúde da Família (..) tem modificado a crônica situação de caos experimentada no campo da saúde pelo povo brasileiro, ainda que nem sempre as Equipes disponham de condições técnicas e operacionais minimamente adequadas”.

    Referências:
    http://www.anvisa.gov.br/hotsite/segurancadopaciente/documentos/rdcs/RDC%20N%C2%BA%2050-2002.pdf

    BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. (Série E. Legislação em Saúde).

    BRUNELLO, E.M.F. O vínculo na atenção à saúde: Uma revisão sistemática na literatura Brasil (1998-2007). Revista Acta Palm Enferm 23(1): 131-5. 2010.

    RODRIGUES, R.D.; ANDERSON, M.I.D. Saúde da Família: uma estratégia necessária. Rev bras med fam comunidade. Florianópolis, 2011 Jan-Mar; 6(18): 21-24.

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  14. Magno Muniz dos Santos
    visita à Unidade Básica de Saúde Francisco Fonseca foi realizada no dia 10 de janeiro de 2014. A Atenção Primária à Saúde (APS) pressupõe um conjunto de ações individuais e coletivas
    relacionadas à promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento e
    reabilitação – constituindo-se em uma das principais portas de entrada para o sistema de saúde,
    devendo resolver 80% dos problemas de saúde da população. Ela está centrada na família e na
    participação ativa da comunidade e dos profissionais responsáveis pelo seu cuidado (CAMPOS
    e GUERRERO, 2010).
    A APS é considerada um arranjo assistencial importante nos países que almejam um
    sistema com atenção de saúde qualificada. Estudos realizados por Starfield (2002) apontam que
    muitas são as evidências dos impactos positivos da Atenção Primária à Saúde, ao se comparar
    sua atuação em diferentes países.
    Durante a vista consegui observar diversos servições que juntos funcionam em uma estrutura física e local. A instalação da UBS possui consultórios médicos e odontológicos, sala de imunização,sala de acolhimento, sala de observação, sala de curativo e de coleta de sangue para exames laboratoriais. Segundo a portaria nº340, de 4 de março de 2013 do Ministério da Saúde, a sala de acolhimento é fundamental para as UBS, são nelas que profissionais "enfermeiros" classificam os riscos dos pacientes que buscam consultas e avaliações médicas, sejam elas de urgência ou eletivas. No momento que passei pelo primeiro corredor, observei que a sala de expurgo e de esterilização estavam no mesmo corredor e de frente para outros consultórios médicos, sendo esta acomodação imprecisa, pois os pacientes ficam aguardando de frente para as salas mencionadas, a lista de chamada para adentrar nos consultórios, fato visto pelo grupo, um senhor de idade que estava sentado aguardando uma funcionária...
    Tivemos a oportunidade de conversar com um médico da unidade. No seu testemunho pontos de satisfação e insatisfação foram colocados explicitamente... Quanto ao funcionamento da unidade foram feitas boas colocações, no tocante volume de pacientes não foi satisfatório, pois grande parte da população procura a unidade sem necessidade ou por falta de reuniões e informativos que poderiam amenizar a super lotação das consultas. A falta de medicamento na unidade foi um ponto muito importante, pois muitos pacientes nem sempre conseguem controlar seus quadros crônicos em suas residências, chegando muitas vezes descompensados na unidade...fato que demanda um desgaste desnecessário da equipe caso os medicamentos estivessem em uso adequado e contínuo. Falou também da falta de cursos para os profissionais na unidade.
    A Gerente da unidade acima mencionada, fez grande prestígio do funcionamento e utilidade da UBS. Relatou uma estimativa de 2.600 pacientes geograficamente delimitado pela unidade que os amparam.. Especificou as diversas especialidades que contribuem para dar assistência a população, sendo: clínicos, psiquiatras, ginecologistas e odontólogos e pediatras. Relatou também, ainda que pacientes que usam planos de saúde de redes particulares...podem retirar medicamentos da UBS sem nenhum problema.
    Em suma, no decorrer da visita, consegui perceber a importância da UBS. A população aproveita as oportunidades que a unidade oferece e usam da melhor forma para os diversos tratamentos. Foi muito bonito o gesto da profª Ana Débora em nos apresentar uma UBS e junto com os profissionais da unidade conseguimos sentir um pouco da medicina fora das salas de aula e do HU. Estou muito satisfeito!

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  15. Ana Taíse de Oliveira Meurer, turma A1
    A minha visita foi à UBS José Machado de Souza, no Bairro Santos Dumont, no dia 17 de Janeiro de 2014. Inicialmente, fomos conhecer a dinâmica da unidade e sua estrutura física. Pude perceber que a unidade atende às exigências físicas pré-determinadas (localização e estrutura das salas de atendimento e procedimentos, corredores, pisos, janelas, etc) e possui um grande espaço de espera, com vários cartazes de conscientização, dentre eles um em especial que me chamou a atenção, que quantificava quanto de açúcar consumíamos ao ingerir determinado alimento, com colagens bastante criativas (aparentemente, chamou a atenção de mais pessoas também, pois dois pacientes ficaram observando o cartaz enquanto esperavam em pé). Essas campanhas de promoção à saúde são bastante importantes para a dinâmica da atenção básica e deveriam ser mais difundidas e efetivas, pois têm um grande papel preventivo e educativo. A demanda de atendimentos da unidade parece não ser muito grande, pois, no horário da visita (final da manhã de uma sexta-feira), o espaço de espera estava em grande parte vazio. Acredito que faltam dois princípios que o PSF valoriza, conforme visto em aula: vinculação com a população e estímulo à participação da comunidade. Como discutido durante a visita, muitas pessoas optam por ir a uma unidade de pronto atendimento, ou mesmo ao HUSE, quando poderiam ter um atendimento mais satisfatório e resolutivo com o seu médico da UBS, além de estar contribuindo para desafogar o fluxo dessas unidades de urgência. De acordo com o Ministério da Saúde (2006), “a Atenção Básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde [...] que abrangem a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde”. O médico da unidade com que tivemos contato foi o Dr. Caio Werner, recém-formado na UFS. O discurso dele foi bastante interessante e houve alguns pontos que me chamaram a atenção. Primeiramente, ele afirmou que consegue desenvolver um trabalho bastante resolutivo dentro da unidade. Percebemos que ele consegue desenvolver uma boa relação médico-paciente. A relação direta com o paciente, no início do século passado, era baseada na confiança, no respeito e no sigilo profissional, sendo a classe médica bastante respeitada e detentora de grande prestígio social. Atualmente, os profissionais perderam um pouco a sua autonomia e o prestígio perante à sociedade (NASCIMENTO SOBRINHO ET. AL, 2005). No entanto, ainda é possível resgatar a confiança e o respeito do paciente, procurando fazer um bom trabalho e focando em suprir as necessidades do paciente. Outro ponto que vale ser ressaltado é a qualidade dos atendimentos feitos. Ele afirmou que, apesar de atender casos rotineiros (que abrangem a saúde da mulher, saúde da criança, idosos, adolescentes, hipertensos, diabéticos), ao contrário do que a maioria pensa, há sempre algo inovador e instigante em cada caso, devido à singularidade do organismo de cada pessoa. Quando perguntado sobre experiências negativas, também ressaltou problemas existentes na atenção básica, como a falta de medicamentos, a dificuldade em realizar alguns exames complementares e a pouca quantidade de profissionais para a demanda de pacientes, o que o sobrecarrega um pouco. Conforme visto em aula, o financiamento, ainda pequeno, limita a ampliação do programa. São necessários mais investimentos na atenção básica, em detrimento das atenções secundárias e terciárias, para diminuir os custos com a saúde em geral e para que se tenha uma boa resolutividade de problemas passíveis de ser sanados na atenção primária.

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  17. Continuação
    Referências bibliográficas
    Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.Política nacional de atenção básica / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde,Departamento de Atenção à Saúde. – Brasília : Ministério da Saúde, 2006. 60 p. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Série Pactos pela Saúde 2006, v. 4)
    NASCIMENTO SOBRINHO, Carlito Lopes et al. Transformações no Trabalho Médico. Revista Brasileira De Educação Médica. Rio de Janeiro, v.29, nº 2, maio/ago. 2005. Disponível em http://www.uff.br/saudecultura/artigos-encontro-12/Texto29.pdf

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  18. José Cicero

    Minha visita foi à UBS José Machado de Souza, no Bairro Santos Dumont, no dia 16 de Janeiro de 2014. A Unidade atende a mais ou menos 20 mil pessoas. Foi possível ter uma boa noção da dinâmica de funcionamento de uma Unidade Básica de Saúde, com uma boa parte dos problemas sendo expostos, assim como os pontos positivos. Inicialmente, nos foi apresentada a estrutura da unidade, e nos foi dito que tem um certo grau de padronização, tudo é feito de forma planeja (para minha surpresa), mas devido às necessidades de funcionamento, nem sempre é possível seguir o planejamento inicial. O médico que ,gentilmente, se dispôs a falar conosco foi Dr. Adebaldo, que é médico do PROVAB , já prestes a completar seu ciclo no programa, tendo sido recém aprovado em Anestesiologia no Rio de Janeiro. Dr. Adebaldo foi bastante sincero em relação aos problemas que um médico irá encontrar numa UBS, mas ressaltou que, mesmo com todos eles, é possível ter uma boa taxa de resolução. Dentre os problemas existentes, ele nos falou da dificuldade para se conseguir realizar exames simples, como um raio X, ou mesmo um simples bloco de receitas às falta, sendo que o médico a todo momento tem de estar conversando com os pacientes para que estes possam entender todo o esforço dos profissionais. Ressaltou a falta de direitos trabalhistas do PROVAB, mas concordou com a professora Ana Débora, quando esta falou que este é menos ruim que o Mais Médicos, já que este último são três anos. O tempo de espera da marcação até o dia da consulta é de oito a quinze dias, considerado um tempo razoável. Na minha opinião, quanto maior o tempo de espera e a dificuldade para a realização de exames, maior é a migração do paciente para as unidades de urgência, superlotando tais unidades. O próprio Adebaldo falou que muitas vezes tem de encaminhar o paciente à urgência para que este possa fazer o raio X que lá não tem. Quanto mais se investir em UBSs menos dinheiro será gasto (em relação ao modelo hospitalocêntrico), o índice de cura será maior (resolvendo a doença no início, muitas vezes até prevenindo-a), a população terá uma qualidade de vida muito superior, sendo mais produtiva no trabalho e nos estudos e o profissional terá completada sua missão: cuidar do ser humana da melhor forma possível.

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  19. Aracaju, 28 de janeiro de 2014

    Ana Paula J. Santos, Turma: 01A

    A visita foi relizada no dia 10 de janeiro de 2014 na Unidade de Saúde da Família Francisco Fonseca, à Avenida Álvaro Maciel, Bairro Palestina, nesta, tendo com professora organizadora Ana Débora da disciplina de Saúde Coletiva III.

    Ao entrar na unidade foi mostrando aos participantes da visita a estrutura do prédio e suas divisões. Foi possivel observar a existencia de recepção, sala de observação, consultório, sala de curativos, nebulização, esterilização, imunização, farmácia, consultório odontológico, diretoria sala de remoção, copa e banheiro; todos em bom estado de conservação e higiene.

    O doutor Max explicou o trabalho que desenvolve na unidade, bem como se mostrou um pouco insatisfeito com as transformações que estão ocorrendo na área de saúde.

    Em seguida, na sala de reunião, houve um encontro com a coordenadora da Unidade, a mesma explicou como funciona o Posto para marcação de ficha, entrega de medicamentos e os programas desenvolvidos com a comunidade.

    A visita foi proveitosa e enriquecedora, pois possibilitou sair da teoria e entrar na prática, mostrando com é feito o atendimento à população e os programas desenvolvidos naquela Unidade de Saúde.

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  20. Vynicius Goltran Sobral Propheta

    Turma 01 B

    Visita realizada em 09 de janeiro de 2014

    Sendo locais baseados na atenção primária, visando atender toda uma comunidade de forma integral e sendo a principal porta de entrada para aqueles que necessitam do Sistema Único de Saúde (SUS), as Unidades Básicas de Saúde (UBS) carregam uma grandiosa importância - e compromisso com a sociedade - por oferecer acesso aberto e universal à saúde. Suas atividades compreendem atender e solucionar problemas de menor complexidade da população, realizar encaminhamentos à serviços de maior especialidade além de promover políticas de prevenção de doenças, incentivo à práticas de higiene e educação em saúde. (BERTUSSI; OLIVEIRA; LIMA, 2001).

    Idealmente, segundo o supracitado, funciona uma UBS. Pude realizar minha visita na UBS Francisco Fonseca e fiquei bastante satisfeito em ver que a atenção básica pode ser bastante resolutiva e viável. A concepção de que tentar, em primeiro plano, resolver os problemas da população sem necessitar de grandes hospitais e exames sofisticados é bastante lógica devido à série de implicações que são constatadas a partir desta ação: para a população, ter a oportunidade de ser diagnosticada precocemente evitando transtornos com a morbidade decorrente de doenças que se agravam; para o Estado, evita o maior gasto com serviços de alta complexidade.

    A unidade visitada é considerada referência (juntamente com outras três na capital) e oferece serviços básicos em saúde para aproximadamente 26 mil pessoas, além de ter farmácia própria também considerada de referência. Conta com 4 equipes de saúde e 2 equipes multidisciplinares. Desta forma, a UBS recebe inclusive pacientes encaminhados de outras unidades de saúde. É bem estruturada e apresenta - como foi exposto do comentário dos colegas - um padrão na construção de sua estrutura física e de funcionamento dentro da própria unidade.

    Fiquei bastante satisfeito com a visita por entender um pouco mais sobre a dinâmica de funcionamento da unidade de saúde. Considero importante essa oportunidade de interação com a rede de atenção básica ainda na graduação, uma vez que para muitos de nós esta será uma das primeiras portas de acesso ao exercício de nossa futura profissão. Creio também que é de suma importância que todo profissional que trabalhe na área da saúde, direta ou indiretamente, deva ser minimamente instruído sobre as propostas, funcionamento e realidades do SUS a fim de poder oferecer à população um atendimento de qualidade em qualquer aspecto.

    Referências bibliográfica:

    BERTUSSI, D.C.; OLIVEIRA, M.S.S.; LIMA, J.V.C. A unidade básica no contexto do sistema de saúde. In: ANDRADE, S., SOARES, D. e CORDONI JÚNIOR, L. (org) Bases da saúde coletiva. Londrina/Rio de Janeiro: Ed.UEL/ABRASCO, p. 133-144, 2001.

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  21. Marcel Lima Andrade
    Relatório de visita à Unidade Básica de Saúde da Família Francisco Fonseca, 09 de janeiro de 2014.
    Na unidade visitada, observamos que a mesma apresenta uma boa estrutura física e humana, de acordo com a RDC-50 e ministério da saúde, com salas adequadas e equipe completa. Auxiliados pela diretora da unidade, pudemos entender o funcionamento da mesma e compreender melhor o funcionamento do programa de saúde da família. Em discussão, foram levantados temas importantes que interferem no funcionamento e qualidade do sistema, como a superlotação e o sobrecarregamento das equipes de saúde, além da abrangência do programa e da interligação com os demais níveis de atenção.
    O que me chamou a atenção em relação ao funcionamento foram justamente os nós críticos que acabam interferindo na qualidade da assistência à população como também nas condições de trabalho dos profissionais. Apesar de não ter ouvido depoimento de nenhum médico durante nossa visita, em sala percebemos uma divergência de opiniões de dois médicos durante as outras visitas. Essa dicotomia mostra justamente a questão de que o programa de saúde da família é sim uma boa ideia, entretanto, os problemas que cursam com seu não funcionamento pleno acabam por prejudicar o atendimento e desestimular os profissionais. Além disso, trabalhadores de diferentes qualificações, especialmente os profissionais de saúde, têm seus aspectos relacionais e afetivos exigidos constantemente, o que os tornam mais propensos a desenvolver quadros de esgotamento físico e mental (Pereira, 2011). O contato estreito com portadores de diferentes doenças e prognósticos ruins, a grande carga horária, a imposição do alto nível de cobrança, não só pela sociedade como pelo próprio indivíduo, expõem os médicos a constantes crises que afetam a vida profissional e pessoal do mesmo (Porcu, Fritzen, Helber, 2001, Levine, Bryant, 2000).
    O conhecimento teórico a respeito da rede de saúde é importante, porém insuficiente para a formação crítica e para o conhecimento real do modelo de saúde. Por isso, a visita à unidade de saúde é fundamental para que possamos visualizar na “prática” a aplicabilidade do sistema único de saúde na atenção básica e podermos observar suas vantagens assim como analisar os principais problemas e dificuldades que prejudicam o modelo assistencialista e universal.
    REFERÊNCIAS
    http://www.anvisa.gov.br/hotsite/segurancadopaciente/documentos/rdcs/RDC%20N%C2%BA%2050-2002.pdf
    BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. (Série E. Legislação em Saúde).
    Pereira L. O trabalho em causa na “epidemia depressiva”. Tempo Soc. 2011; 23(1):67-95.
    Porcu M, Fritzen CV, Helber C. Sintomas depressivos nos estudantes de medicina da Universidade Estadual de Maringá. Psiquiatria na Prática Médica. 2001; 34(1):[5].
    Levine RE, Bryant SG. The depressed physician: a different kind of impairment. Hosp Physician. 2000 feb; 36(2):67-73.

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  22. Luan Fellipe Bispo Almeida



    A visita a UBS Francisco Fonseca foi muito válida, visto que nos ajudou a compreender como é a estrutura e o funcionamento das Unidades Básicas de Saúde. Atrelado a isso, pudemos a partir dela ter um embasamento maior para construirmos uma opinião crítica sobre o Sistema Público de Saúde no nosso país.

    É bastante comum as pessoas jugarem o SUS por pensarem que ele é desorganizado e por isso não oferece um serviço justo aos seus usuários. Mas como fazer esse tipo de julgamento sem antes tê-lo conhecido? Desta forma, a visita a Unidade Saúde foi de extrema importância, pois a partir dela pudemos conhecer um pouco melhor o que se passa no SUS além da visão simplista que muitas vezes nos é passado nos noticiários: em que tudo é uma desgraça e nada se salva.

    Algo que me chamou bastante atenção, e que até então não conhecia, foi a lógica estrutural das unidades. Elas contém um salão de entrada amplo, sala de reuniões e grandes corredores, onde as salas se dispõem lado a lado evitando filas nas portas do consultório, com consultórios e salas de observação no trecho mais próximo, e salas de curativos e expurgo no fundo da unidade, próximo à área externa. Tudo isso previamente pensado para tentar ao máximo melhorar o fluxo de pessoas e materiais.

    Na nossa conversa com a gerente, pudemos entender como se dá o funcionamento da Unidade de Saúde. A USF Dr. Francisco Fonseca é responsável pelo controle de uma população de 22 mil pessoas que estão vinculadas a sua Estratégia Saúde da Família, mas quando junta as referências que essa USF oferece esse número aumenta muito.

    Uma problemática que ficou bastante evidenciada na nossa conversa com a gerente do posto foi a compreensão do verdadeiro papel daquela unidade, que está baseada na Estratégia Saúde da Família. Caso isso fosse bem compreendido, boa parte dos problemas referentes a demanda populacional poderiam ser minimizados.

    Portanto, nossa visita à UBS Francisco Fonseca foi de extrema importância para nosso formação acadêmica. Visto que com ela conseguimos ter uma visão holística sobre a saúde do paciente, de atenção integral e cunho resolutivo a nível de atenção básica, enquadrando o contexto familiar, a moradia, a facilidade ou dificuldade de acesso, os problemas sociais vividos por esse paciente além de toda clínica que ele venha a ter. A prática médica entra não somente no conhecimento técnico das patologias mais prevalentes na população, a qual é de fundamental importância, mas também na capacidade de ouvir, na empatia suficiente para integralizar o cuidado (CUNHA, 2012).

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  23. Thales Erick Sampaio Soares

    No dia nove de janeiro de 2014 foi realizada visita, feita no Centro de Saúde Francisco Fonseca localizado no bairro Santo Antônio, com a finalidade de se conhecer o funcionamento da Unidade Básica de Saúde, pertencente ao setor de atenção primária do Sistema de Saúde.
    A unidade nos foi apresentada através da gerente local e da própria professora da disciplina Saúde Coletiva 3, Ana Débora. Inicialmente, foi nos mostrado que todas as unidades seguem um padrão básico pré-estabelecido, percebido logo na sala de espera, como azulejos adequados de fácil limpeza, a presença da sala de sutura, considerada uma sala suja, nos fundos, próxima a sala de expurgo, sala de esterilização, que possui uma autoclave, sala de recuperação, com oxigênio, caso o paciente necessite, sala de nebulização.

    Toda essa estrutura estava conforme orientações e Especificações da Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 50/anvisa/fevereiro/2002 na qual as unidades devem dispor de: consultório médico/enfermagem; consultório odontológico e consultório com sanitário; sala multiprofissional de acolhimento à demanda espontânea; sala de administração e gerência; sala de atividades coletivas para os profissionais da atenção básica; área de recepção, local para arquivos e registros, sala de procedimentos; sala de vacinas; área de dispensação de medicamentos e sala de armazenagem de medicamentos (quando há dispensação na UBS), sala de nebulização, sala de procedimentos; sala de coleta; sala de curativos; sala de observação, entre outros.
    A Unidade Básica de Saúde Francisco Fonseca faz parte do PSF ampliado, considerado assim visto que conta com diversos especialistas, pediatras, um obstetra, ao qual só são encaminhadas gestantes de alto risco, saúde mental, com dois psicólogos e um psiquiatra, e ginecologistas, sendo os dois últimos considerados referência. Na ginecologia realizam-se diversos procedimentos, tais como, DIU (dispositivo intra-uterino), biópsia e colonoscopia.
    Não é regra possuir tal tipo de serviço, em muitos locais encontra-se apenas o clínico, e caso o paciente necessite de cuidados maiores, é encaminhado à atenção secundária. Então, quando o paciente necessita de uma consulta em outra área de especialização, como ortopedia, urologia, ortopedia, a consulta é marcada pelo Sistema de Regulação (SISREG) que faz parte da rede SUS.
    A farmácia também é considerada referência, por possuir medicamentos psicotrópicos. Para se obter os medicamentos necessita-se apenas possuir o cartão SUS. O pedido de material para a farmácia é realizado semanalmente e as quantidades normalmente usadas são enviadas ao posto com base no estoque informado. Da mesma forma se procede o descarte de medicamentos fora do prazo de validade.
    A equipe básica é composta de médico, enfermeiro, auxiliar de enfermagem, odontologista, auxiliar de consultório dentário e agentes comunitários. O posto conta com quatro equipes, em que cada uma se encontra com oito agentes de saúde, somando trinta e dois no total, divididas por cores, feitas de forma aleatória, sem indicar grau de risco.
    A marcação de consultas é feita semanalmente, em que são disponibilizados quatro dias para tal. Se houver uma baixa demanda, o paciente pode ser atendido na hora. Porém, se não, a consulta pode ser marcada até cerca de quinze dias. O atendimento é feito para pacientes daquela área, residente próximo a região.

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  24. Thales Erick Sampaio Soares ( continuação)


    O Programa Saúde da Família conta com a disponibilidade do médico de atender, não apenas no consultório, mas, também, na comunidade, o que possibilita uma diminuição no número de pacientes agudos.

    O contato com o PSF despertou a minha curiosidade em saber o conceito de Saúde da Família. “A Saúde da Família é entendida como uma estratégia de reorientação do modelo assistencial, operacionalizada mediante a implantação de equipes multiprofissionais em unidades básicas de saúde. Estas equipes são responsáveis pelo acompanhamento de um número definido de famílias, localizadas em uma área geográfica delimitada. As equipes atuam com ações de promoção da saúde, prevenção, recuperação, reabilitação de doenças e agravos mais frequentes, e na manutenção da saúde desta comunidade”. (http://portal.saude.gov.br/portal/saude/cidadao/area.cfm?id_area=149). A literatura propõe uma resolutividade de cerca de 85% da atenção primária (PSF). O que se vê na literatura, contudo, nem sempre corresponde aos dados da prática. Será que, de fato, essa porcentagem de resolutividade é cumprida? Ao meu ver, não. Essa é uma questão multifatorial, não somente por falta de mais investimentos, mas por desvios de verbas destinadas à saúde, a falta de compromisso com o PSF por parte de profissionais,etc.

    Apesar de vários problemas da atenção primária, ela tem uma enorme importância, pela sua capacidade de prevenir, curar e reabilitar o doente. Muito ainda se tem a evoluir. Não possuímos um modelo de atenção primária como o canadense e o inglês, mas que estejamos no caminho certo (o Humaniza SUS já é um marco).


    Referências Bobliográficas

    BRASIL. Acolhimento nas práticas de saúde. Brasília. MS. Brasília, 2006.
    BRASIL. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília: MS. 2012.
    BRASIL. Manual de Estrutura Física das Unidades Básicas de Saúde. Brasília: MS. 2008.
    EIXEIRA,R.R., Humanização e Atenção Primária à Saúde, 2005
    HEMMI, A.P.A.,PENNA C.M.M., Representações Sociais de Usuários Sobre o Atendimento em uma unidade de Saúde da família

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  25. Olívia Regina Lins Leal Teles
    Visita à unidade básica de saúde da família Francisco Fonseca em 09 de janeiro de 2014

    Inicialmente, gostaria de afirmar que a visita à unidade se mostrou proveitosa para mim, tanto para melhor compreensão do SUS, sendo essa uma das instituições básicas de seu funcionamento, como para quebrar preconceitos e conclusões precipitadas.
    Logo no início da visita, essa unidade se mostra bastante organizada tanto fisicamente quanto no que se refere aos seus profissionais. A UBS foi apresentada e nos foi mostrada sua dinâmica e como seu formato tem o objetivo de separar procedimentos considerados “limpos”, como vacinação, dos “sujos”, como curativos. Logo nessa parte, uma surpresa. A UBS não se mostrava o caos que a mídia demonstra e, pelo contrário, apresentava uma conformação bastante objetiva e funcional.
    Posteriormente, tivemos uma conversa bastante interessante e informativa com a gerente desse posto. Ela nos explicou que aquela UBS era uma unidade de referência para a região e que a população que a mesma cobre é maior do que deveria. Um dos tópicos que chamou atenção foi como essa unidade consegue suprir a demanda que ela engloba e a população de outras unidades, tanto para atendimentos como para medicação. Além de termos discutido sobre como é o cadastro na UBS, como ele funciona e como é importante todos participarmos dele.
    Durante a conversa, a gerente nos informa que a população daquela região gostava do atendimento que tinha ali e me fez pensar. Saber que a população que tem acesso ao SUS o vê de forma mais positiva do que eu imaginava fez com que eu percebesse que o SUS não é um sistema “perdido”. Há muito a se melhorar, mas ele mostra-se como algo promissor e que realmente funciona, mesmo que não seja da melhor maneira.
    Gostaria de frisar que achei muito boa essa experiência “fora da sala”. Acho que saindo da teoria e vendo a realidade por nós mesmos conseguimos aprender mais e a dar mais valor ao curso que fazemos.

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  26. Lucas Moura Araujo

    Com relação a experiência prática da disciplina Saúde Coletiva 3, devo dizer, inicialmente, que foi algo não apenas válido, como útil. Útil porque dentro da cadeia de disciplinas de Saúde Coletiva foi uma das mais eficientes propostas de aproximação de nós, estudantes, com o cenário de saúde ao qual seremos colocados após a conclusão do curso. Acredito que toda matéria deva se prestar a fazer um pouco disso e esse tipo de atitude sempre se apresenta como funcional.

    Falando da visita em si, a parte que me pareceu mais interessante foi a questão da logística de funcionamento de um posto de saúde da capital. Confesso que não sou um profundo conhecedor da rede pública de saúde do estado de Sergipe (visto que minha opinião é de observador, tendo estado poucas vezes neste sistema na posição de paciente) e pouco tinha conhecimentos em relação a seu funcionamento. Desta forma, ter entendido mais a distribuição de atividades e de profissionais dentro da rede é algo simples, porém muito útil para qualquer um de nós, não apenas como futuros médicos, mas como cidadãos (eu não conhecia alguns dos direitos relacionados ao atendimento e a questão do encaminhamento aos diferentes serviços conforme diferentes necessidades) e futuros profissionais de saúde. Tendo dito isto, o posto pareceu-me muito bem estruturado, organizado e com uma boa gestão, o que não parece ser a realidade da maioria dos postos. Acredito que o destaque desse deva-se mais por este ser um posto que serve de base para muitos outros e por questões de gestão própria do local (uma gestão ruim compromete a funcionalidade de qualquer lugar). Além das qualidades, os defeitos também foram expostos e muito bem justificados, a maioria relacionados mesmo a grande demanda populacional que este tipo de atendimento tem que suprir diariamente, o que dificulta a eficácia do serviço e o ideal do atendimento universal (a própria dinâmica de visita por parte dos assistentes de saúde a todos os moradores da região abrangida pelos postos é comprometida pelo grande contingente de usuários e é necessário criar um esquema de prioridades, justificáveis, por parte destes).

    Resumidamente, a experiência da visita ao Francisco Fonseca foi em alguns pontos esclarecedora e de um modo geral muito positiva.

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  27. Nícolas Nascimento Santos

    Visita à UBS Francisco Fonseca no dia 09/01/2014.
    A visita a essa UBS, na realidade, não foi meu primeiro contato com uma unidade de saúde. Eu já conhecia superficialmente as unidades Celso Daniel no bairro Santa Maria, e Dona Sinhazinha no Grageru, além da UPA Fernando Franco (Zona Sul), devido a participação em projetos de pesquisa e extensão. Eu já imaginava que o prédio das unidades era construído sob uma lógica pré-determinada, não de forma "aleatória", pois elas apresentam características semelhantes. Essa já é uma boa impressão inicial. Acredito que seja de grande importância, para que haja um bom funcionamento, que a unidade obedeça a critérios que organizem tanto o atendimento aos usuários quanto a própria logística entre os funcionários.
    Achei interessante o fato de que as salas estão numa disposição segundo a qual os ambientes menos contaminados (consultórios) ficam mais próximos à recepção, enquanto ambientes contaminados (salas de curativos e expurgos) ficam mais afastados dos usuários.
    De grande valia também foi a conversa com a chefe da unidade. Pudemos tirar várias dúvidas em relação ao funcionamento do posto. Eu não tinha plena noção de como era feita a marcação de consultas. A gerente esclareceu o esquema dos dias e número de vagas para marcações de consultas de primeira, de retorno e consultas de "urgência". Durante a conversa, foi reiterada a importância do trabalho em equipe dos profissionais de saúde. É essencial que haja uma integração, um entrosamento entre todos os funcionários, desde a recepção até a dispensa da consulta médica. E uma figura essencial no funcionamento da unidade de saúde da família é o agente comunitário de saúde, o qual tem o trabalho de campo. Vai de casa em casa verificar as necessidades individuais dos usuários de sua área e traz o feedback ao posto.
    Sem dúvidas, há muito a melhorar na unidade que visitamos, assim como nas outras que já conheci. Porém, antes de conhecer, nós temos uma imagem bem diferente (pior) da realidade. Como foi conversado durante a visita, as unidades são mais mal vistas pelos não usuários do que pelos usuários, entre os quais os índices de satisfação são relativamente altos.
    Em todas unidades que já conheci, fui muito bem recebido e percebi que os funcionários (a maioria, pelo menos) dão o melhor de si para que aquela unidade atenda devidamente aos seus usuários. Essa é outra imagem deturpada na sociedade, a de que os funcionários públicos são preguiçosos ou têm má vontade para fazer seu trabalho. Maus profissionais existem em quaisquer instituições.
    A visita, enfim, serve como instrumento valioso de aproximação da nossa formação para com a realidade das comunidades, onde também deve se praticar a saúde, não só em hospitais ou clínicas. Temos um curso muito baseado em teoria e muitas vezes distante da realidade prática. A visita é uma forma de nos apresentar a atenção básica, na qual se baseiam os sistemas de saúde com melhores índices. Fazer promoção de saúde e prevenção de doenças é mais eficiente e barato do que tratar doenças avançadas, que é o foco atual do nosso curso hospitalocêntrico.

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  28. Marcelle Vieira Freire,

    Com relação à experiência no Fernando Fonseca, o que posso dizer é que foi bastante esclarecedora e produtiva. Foi muito bom deixar a sala de aula e ver in locu uma parte em funcionamento do nosso sistema público de saúde.
    Eu, particularmente, não sabia nada do funcionamento de uma UBS, Fiquei surpresa de que até a lógica interna da disposição das salas, do piso e azulejos usados foi algo planejado e padronizado. Me surpreendeu também o fato de ele funcionar tão bem, não obstante o fato de ser uma unidade de referência e sob uma boa gestão.
    Falando em gestão, me senti muito acolhida e a diretora demonstrou bastante controle sob os horários e os pacientes cadastrados (visitas, consultas). Fiquei surpresa com a quantidade de pessoas a quem aquela UBS supre, imaginava muito menos.
    O número de especialidades também me surpreendeu, contando inclusive com ginecologistas, obstetras, pediatras, psiquiatra além dos clínicos. Com uma marcação de exames que pareceu muito funcional e organizada.
    Gostei de saber do sistema de fichas também, me pareceu uma ótima ideia o fato de que a pasta da pessoa a acompanha para onde ela se mudar, contendo portanto toda a história médica do paciente.
    A distribuição dos remédios pareceu funcionar adequadamente também, podendo inclusive fornecer medicamentos para outras unidades.
    Queria comentar a parte também sobre a descontração da equipe e a boa relação que eles parecem manter entre si, de certa forma isso melhora a colaboração mútua e talvez seja um dos segredos do sucesso do Francisco Fonseca.
    Gostei bastante da visita.

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  29. Marília Prudente Menezes
    Relato a respeito da visita à Unidade Básica de Saúde José Machado de Souza, ocorrida dia 9 de Janeiro de 2014.
    A minha impressão a respeito da UBS visitada foi bastante positiva. Confesso que não esperava encontrar tamanha organização e uma estrutura como aquela. Talvez pela mídia ou por fatores culturais, acabamos nos acostumando a pensar que todos os componentes do Sistema Único de Saúde são sempre precários e pouco resolutivos, não fornecendo uma assistência adequada à população.
    A partir da visita ao Fernando Franco, pude perceber que realmente existem unidades que fornecem um atendimento adequado, cumprindo de fato o seu papel dentro da Rede de Atenção, ou seja, que conhecem as condições de saúde da população sob sua responsabilidade, os seus fatores de risco para adoecimento e exercem ativamente a promoção e prevenção em saúde. Outro ponto a ser destacado que foi percebido na unidade é a ordenação do fluxo a partir da atenção básica, de forma organizada e normatizada, de modo a garantir a continuidade do cuidado. É importante ressaltar que na maioria das vezes a unidade básica não exerce sua função de organizadora do fluxo, fazendo com que a população busque por Unidades de maior complexidade enquanto seus problemas poderiam ser resolvidos de forma mais rápida e mais eficaz em outros pontos da rede.
    Acho que aspecto que merece destaque é a gestão da unidade, que se mostrou competente e empenhada em atender as necessidades da população, buscando fornecer um bom atendimento e o aperfeiçoamento da unidade.
    Por fim, pude tirar dessa experiência uma melhor visão do SUS e de como sua rede de atenção é estruturada. É muito importante que nós, estudantes da área de saúde e futuros profissionais, saibamos mais a respeito da estruturação e das competências de cada ponto da rede, pois só assim poderemos buscar melhorias e fornecer um cuidado realmente eficaz aos seus usuários.

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  32. André Augusto de Vasconcelos Ouro Reis

    Relato de visita a UBS Francisco Fonseca, realizada em 09/01/14.

    Por ser a minha primeira visita a uma Unidade Básica de Saúde, confesso não que não tinha nenhuma noção do seu funcionamento- quiçá um preconceito, baseado no “achismo”.
    Estava errado.
    De acordo com o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), Unidades Básicas de Saúde (UBS) são locais onde você pode receber atendimentos básicos e gratuitos em Pediatria, Ginecologia, Clínica Geral, Enfermagem e Odontologia. Os principais serviços oferecidos pelas UBS são consultas médicas, inalações, injeções, curativos, vacinas, coleta de exames laboratoriais, tratamento odontológico, encaminhamentos para especialidades e fornecimento de medicação básica. A unidade visitada preenchia esses requisitos.
    A diretora que nos recebeu, apesar de ser apresentar-se de certo modo irreverente, demonstrou conhecimento técnico sobre o funcionamento do seu posto e, principalmente, ter entusiasmo em descrever o dia-dia e as atribuições de cada profissional em sua equipe.
    Ouvimos em sala, posteriormente, relatos de colegas em que eles expressavam as diferenças de opiniões de dois profissionais médicos de outras unidades: Um recém-formado, que demonstrava entusiasmo para tentar superar os obstáculos que a falta de recursos lhe opunha; outro com anos de atuação na mesma unidade, que demonstrava ceticismo e esgotamento diante da situação do seu local de trabalho. Tais opiniões foram muito importantes, porque de que atribulações são constantes na vida do médico e há diferentes modos que pode nos afetar (principalmente no setor público).
    Finalizando, posso afirmar que a visita serviu para abrir a minha mente, pois apesar de toda morosidade das Instituições Públicas, há aqueles que fazem o seu dever e lutam para que esse panorama possa ser mudado.


    Referência: http://www.pac.gov.br/comunidade-cidada/ubs-unidade-basica-de-saude

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  33. Marcos Vinícius Ribeiro Nascimento

    A minha visita foi à UBS José Machado de Souza, no Bairro Santos Dumont, no dia 16 de Janeiro de 2014. Em primeiro lugar, a UBS mantém a mesma estrutura física externa dos tradicionais Postos de Saúde, mas ao longo da visita percebe-se que a unidade preza bastante pela organização. A recepção, ampla, silenciosa, limpa e sem o famoso tumulto que é visto nos Hospitais e nas unidades de Pronto atendimento. Como foi observado na visita, o atendimento primário, quando bem elaborado, dá a oportunidade ao profissional de saúde de se envolver e definir diretrizes que tornem o SUS produtivo. Dessa forma, a unidade têm a possibilidade de se preparar para atender ao paciente da melhor forma. Salas organizadas em corredores de acordo com a utilidade, profissionais trabalhando nos horários pré-definidos, medicação sendo distribuída de maneira eficiente, todos esses pontos foram observados na visita. Em uma reunião, a gerente do serviço e o médico da unidade passaram pra turma como foi feito pra se chegar até esse nível de organização, mas também aproveitaram pra enunciar alguns problemas crônicos do SUS e que acabam afetando também essas unidades, como a dificuldade na solicitação de medicação controlada, marcação e realização de exames. Eu acredito que da forma como vem sendo feito, o atendimento primário provoca um efeito benéfico na sociedade, uma vez que integra-se com a população assistida e além disso desafoga o caos que assola o restante das unidades de saúde.

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  34. Mônica Wolf

    Participei da visita à UBS Francisco Fonseca no dia 09 de janeiro. Posso dizer de antemão que a visita me impressionou positivamente, especialmente em comparação a uma outra visita que fiz, no início do curso, a uma UBS no Santos Dumont (não me recordo do nome da Unidade), que me pareceu bem menos organizada inclusive estruturalmente.
    O que primeiramente chamou a minha atenção na Francisco Fonseca foi o espaço amplo e aparentemente bem organizado da Unidade. Conforme fomos encaminhados pela salas pude entender a lógica da organização e a importância desta para o bom funcionamento da UBS, A disposição em U do corredor é interessante a partir do momento que, de um lado, tenta separar as salas de procedimentos mais "limpos" das salas de procedimentos mais "sujos" e aproximar essas ultimas do Expurgo, e do outro mantém os consultórios para atendimento da população. Eu não conhecia a lógica de uma UBS, portanto essa parte da visita foi de extrema importância para mim.
    Sendo um pouco crítica, talvez demais, pude perceber que apesar da tentativa visível de se manter regular, alguns avanços ainda podem ser alcançados na Unidade. Fomos informados, por exemplo, que haviam situações de emergência em que acabavam se misturando procedimentos sujos e limpos na mesma sala. Mas sinceramente acredito que, independente desses detalhes, a respectiva unidade está muito bem preparada e cumpre com o seu papel com esmero.
    Após conhecermos o espaço físico da unidade pudemos ter uma conversa com a chefe da unidade. Ela nos recebeu de muito bom humor e achei isso um fato relevante porque penso que é preciso muita paciência, liderança e, sim, bom humor, para dirigir um local onde você tem que lidar com pessoas de todos os tipos (pacientes), com profissionais de todas as áreas e ainda confiar e contar com a boa vontade de todos aquelas que trabalham nas visitas domiciliares. Ela nos explicou que o número de famílias atendidas pela unidade é muito maior do que o estipulado, mas que mesmo assim eles funcionam bem. Depois de ouvir o número de pessoas pelas quais eles estão responsáveis hoje (cerca de 25 mil pessoas) fiquei ainda mais impressionada com o sistema eficiente de divisão de "áreas" por cores para cada equipe de profissionais e com o sistema de marcação e de atendimento às urgências.
    A unidade possui uma farmácia de referência a qual distribui medicamentos para outras unidades e conta com uma equipe mais completa de profissionais que inclui Ginecologista Obstetra e Psicólogo, por exemplo.
    A minha impressão com a visita é que tive a oportunidade de conhecer provavelmente uma das mais bem organizadas UBS que temos aqui, um exemplo a ser seguido por unidades menores e menos organizadas. Também acredito que a Direção da unidade faz toda a diferença e que o desejo de cumprir com as estratégias de ação devem ser compartilhadas por todos os profissionais atuantes numa determinada UBS. Trabalho em equipe e multidisciplinar é de fundamental importância. Também a correta orientação da população facilita o trabalho e promove mais saúde.
    Espero que a evolução não só dessa unidade, mas de todas, seja constante. Fiquei muito satisfeita com a visita.

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  35. Luana Martins dos Santos

    A visita a Unidade Básica de Saúde (UBS) José Machado de Souza no dia 17 e janeiro de 2014 teve como objetivo nos mostrar como funciona o atendimento básico de saúde. A professora Ana Débora começou a visita nos mostrando a estrutura física da UBS, que apresenta os consultórios médicos, consultório odontológico, sala de observação com oxigênio e macas, farmácia, sala de curativos, expurgo, enfim, toda uma estrutura física necessária para o funcionamento da unidade.
    Depois de observar o prédio, nós conversamos com Dr. Caio Werner, um dos médicos do Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica- PROVAB que atuam na UBS. Ele nos contou um pouco sobre a sua rotina na unidade e um pouco do seu ponto de vista sobre como é trabalhar na atenção primária.
    Segundo Caio, trabalhar na UBS é uma ótima experiência para todo médico iniciante, pois lá aparece todo tipo de caso, dos mais simples aos mais complexos. Uma situação interessante que ele nos contou foi sobe uma paciente hipertensa que não conseguia controlar a sua hipertensão por tomar os medicamentos de maneira incorreta. Para solucionar o problema, ele diz ter feito uma preparação semanal para a paciente com cada dia separado em sete coletores de urina, com o objetivo de corrigir a medicação de maneira fácil e prática para a paciente. A pressão dela hoje está normalizada e Caio está ensinando a paciente a colocar sua própria medicação nos coletores.
    Foi perguntado a Caio sobre algo ruim que ele presenciou na atenção básica e ele relatou que a falta de medicação e a demora na marcação de exames são os principais empecilhos encontrados por ele em sua profissão, pois dificulta a conduta e tratamento de cada paciente. Afirmou ainda que traz algumas medicações para a unidade e que procura marcar alguns exames no próprio Hospital Universitário, o que é facilitado por alguns alunos que estão no internato e o acompanham na unidade de saúde.
    Esta visita à UBS foi muito interessante, pois podemos ver um pouco de como funciona a UBS e qual a visão de um médico recém formado acerca da experiência de trabalhar na atenção primária, complementando as aulas teóricas da disciplina.

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  36. André Melo de Macena - Turma da Sexta

    A visita foi realizada no dia 17 de Janeiro de 2014, com início as 10:30h na
    UBS (Unidade Básica de Saúde) José Machado de Souza, localizada no bairro Santos Dumont. Tal UBS é de porte IV, pois é composta por cinco equipes de saúde da família que são compostas por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, dentistas e agentes comunitários, a divisão dessas equipes e feita utilizando o espaço do territorial do bairro e para organizar elas são dividas por cores são elas: amarela, rosa branca, cinza e azul que são as cores impressas nos cartões de cada família daquela determinada área. De acordo com a Portaria Nº 340, de 4 de março de 2013 cada UBS deve possuir uma estrutura básica para seu funcionamento a saber: Sala de recepção e espera; Sanitário para o público; Sanitário para pessoa com deficiência; Sala de acolhimento multiprofissional; Sala de vacinas; Farmácia; Área de dispensação de medicamentos; Sala de estocagem de medicamentos; Consultório indiferenciado; Consultório com sanitário anexo; Sanitário do consultório; Sanitário do consultório (adaptado/ deficientes); Consultório odontológico; Sala de inalação coletiva; Sala de procedimentos; Sala de coleta; Sala de curativos ;Sala de observação (curta duração); Banheiro da sala de observação; CME simplificada - tipo I; Sala de utilidades; Sala de esterilização/estocagem de material esterilizado; Sala de administração e gerência; Sala de atividades coletivas; Sala de agentes (ACS/ACE); Almoxarifado; Copa; Banheiro para funcionários; Vestiário para funcionários; Depósito de material de limpeza(DML); Sala de armazenamento temporário de resíduos; Abrigo externo de resíduos sólidos; Rouparia (roupa limpa). Durante a visita foi possível observar todas essas instalações descritas exceto a Rouparia que não observei, ainda quanto às instalações foi possível analisar que o ambiente estava em um bom estado de conservação e que estava limpo, porém um tanto bagunçado sem muita ordem definida, no Expurgo, por exemplo, tinha várias macas e cadeiras de rodas velhas quebradas amontoadas.
    Em outro momento da visita foi realizada uma conversa com um dos médicos da UBS, Dr. Caio Werner, que comentou um pouco das dificuldades de trabalhar na atenção básica, nos entraves burocráticos para a realização dos diagnósticos e na dificuldade muitas vezes na implantação de uma terapêutica eficaz. Porém apesar desses pontos negativos ele afirma que foi/está sendo uma das melhores experiências para ele porque ele pôde aprender na pratica o quão ele pode intervir de maneira positiva e satisfatória na prevenção de doenças e promoção de saúde daqueles cidadãos, fatos esses não vivenciados nas rotinas de aprendizagem durante o curso na UFS. Em alguns casos contados por ele foi notório o orgulho e a emoção dele em dizer que fez algo por um paciente e que o paciente hoje está bem melhor do que no dia do primeiro atendimento.
    De tudo isso observo que a atenção básica hoje em dia está sendo vista como um fim de carreira para muitos profissionais, porém de acordo com o próprio Dr. Caio foi o melhor que ele fez em abdicar de um ano da residência e ficar atuando na UBS. Então mesmo com todos os entraves de falta de medicamentos, dificuldades de realização de exames e tudo mais, acho que é na atenção básica onde devemos mais atuar, pois lá é possível prevenir de maneira mais eficaz para que não tenhamos que intervir tanto mais nos hospitais de atenção terciária.

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  37. ALEXSANDRO FERREIRA DOS SANTOS

    A visita feita no período matutino, nodia 10 de janeiro de 2014, foi a unidade Francisco Fonseca, situada no bairro 18 do forte, Aracaju. Tivemos o acompanhamento da professora Ana Débora da disciplina saúde coletiva 2 que inicialmente nos apresentou a estrutura física da unidade. AUBS dispõe de : Sala de espera, sala de curativos, sala de observação, sala de nebulização ,sala de imunização, sala de acolhimento ,sala de reunião e um amplo espaço de espera para os pacientes . A estruturaatende as exigências do manual do SUS do Ministério de saúde federal, obedecendo às normas da RDC-50.Confesso que esperava encontrar um ambiente mais hostil.
    No Brasil,a política nacional de atenção básica caracteriza-se por um conjunto de açõescom o objetivo de prevenir, diagnosticar, tratar e procurar à reabilitação do paciente .Essas UBS surgiram como propostas do SUS para atender os problemas de saúde de baixa complexidade da população em geral que se utilize do sistema, diminuindo a necessidade de hospitalização. Mas a grande dificuldade de quem se utiliza desse sistema de saúde é adificuldade de marcação de consultas e exames, principalmente nas especialidades médicas.
    Em seguida fomos apresentados a um médico clínico geral que se demonstrou bastante desmotivado com o seu trabalho, criticandoa atual gestão municipal que segundo o mesmo, não investe em cursos de capacitação profissional e não disponibiliza recursos matérias necessários para a sua prática cotidiana ,citou inclusive a falta de prontuários para as suasprescrições. Pudemos observar na prática que a situação da saúde pública em nosso estado, não se resolve apenas com projetos eleitoreiros como o mais médicos, precisamosé de um maior gerenciamento na nossa saúde, com políticas públicas que realmente satisfaçam as necessidades da nossa população e dos profissionais que fazem parte desse sistema.
    Finalizamos a visita com uma conversa com a gerente da UBS, que nos explicou como aconteceas estratégias de ação de cada equipe de saúde e a participação de cada profissional envolvido. Segundo a mesma, a UBS Francisco Fonsecaé uma unidade de saúde avançada ,devido trabalhar com o PSF e com outras especialidade médicas como : Psiquiatria, Ginecologia e Pediatria, atendendo comunidades de outros bairros de Aracaju.Acredito que foi muito proveitosoa visita , visto que ,pudemos conhecer mais de perto a estrutura de uma UBS ,conciliando o conhecimento teórico com a realidade prática.

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  38. Eládio José de Santana Júnior

    Dia 16/01 tive a oportunidade de visitar a unidade José Machado Souza, em aracaju. Lá evidenciei o que já imaginava, o descaso para com o cidadão que necessita do serviço público de saúde. Fatores como alta demanda, equipe mal qualificada, falta de segurança, e de insumos, foram expostas e são determinantes para condicionar um atendimento de baixa qualidade.
    A coordenadora da instituição tentava argumentar e mascarar problemas, esta instituição aparentemente sequer cumpria sua função, pois em momento algum foram expostas estratégias para prevenção de doenças. O único indicativo disso era um painel com a quantidade de açucar dos alimentos.
    Outro ponto que chamou bastante atenção foi quando o médico do PROVAB discursou "Eu não tenho segurança enquanto médico". Isso foi simplesmente um absurdo! É na atenção básica que devem ser solucionados a maioria dos problemas, é lugar que exile profissionais com alto poder resolutivo, mas infelizmente aqui no Brasil é o inverso, a atenção primária serve apenas como escada para profissionais inexperientes.

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  39. Max Luan de Carvalho Aragão

    A visita à unidade de saúde Dr. Franscico Fonseca realizada no dia 9 de janeiro do corrente ano foi repleta de conhecimentos e aprendizado prático nunca vivenciado por mim. Durante a estadia na UBS tive a oportunidade de ser apresentado a uma localidade que até então era muito pouco conhecida por mim. Tal experiência me permitiu reavaliar alguns dos preconceitos que possuía em relação às Unidades de Assistência Primária desmistificando o paradigma de desorganização e precariedade exposto frequente mente pelos veículos de comunicação(mídia) sobre o SUS. Segundo o portal do ministério da saúde: “As Unidades Básicas de Saúde (UBS) são o local prioritário de atuação das equipes de Atenção Básica (eAB). Desse modo, desenvolve-se uma Atenção Básica à Saúde com alto grau de descentralização e profunda capilaridade no território nacional, o que a deixa sempre mais próxima ao cotidiano das pessoas” . Foi justamente isso verificado durante a visita.

    A unidade atende cerca de 26.000 pessoas daquela localidade, demanda populacional suprida pelas 6 equipes do PSF, além dos encaminhamentos de outras unidades para os especialistas desta feito através do SISREG. Esse número elevado de pacientes acaba gerando uma certa sobrecarga no atendimento dessa unidade fazendo necessária a vinda de profissionais extra para suprir o atendimento da população excedente, o mecanismo de controle da unidade é realizado pelos agentes de saúde, que, através de visitas periódicas faz o recadastramento do contingente populacional atendido pela UBS. Outro ponto que merece destaque, são as visitas feitas pelos médicos e profissionais da enfermagem nas residências das pessoas acamadas, gesto que demonstra a preocupação dos funcionários desse posto para com sua população assistida.

    Atualmente, a unidade vem sendo considerada referência devido ao seu funcionamento e sua qualidade e desenvolvimento positivo desempenhado por sua equipe de trabalhadores , conseguindo atender a demanda marcada e a excedente; além da grande quantidade e diversidade dos medicamentos disponibilizados aos seus usuários que para obtê-los basta possuir o cartão SUS.

    Por fim, acredito que foi possível verificar que vários estigmas criados a respeito da saúde pública não são verídicos. Espero que as próximas visitas possam trazer novos conhecimentos a respeito da dinâmica do funcionamento do SUS para que outros paradigmas possam ser quebrados.

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  40. Aluna: Daniele Cristine dos Reis
    Relatório de visita a Unidade de Saúde Francisco Fonseca

    Realizamos a visita a Unidade de Saúde Francisco Fonseca, situado na Av. Albano Maciel, no Bairro Palestina, no dia 10 de janeiro de 2014.
    Reunidos em uma equipe de aproximadamente 10 pessoas, fomos juntos com a professora Ana Débora, da disciplina de Saco. Nessa visita pudermos ampliar nossos conhecimentos na prática observando como ocorre um funcionamento do setor no Sistema Único de Saúde.
    Foi observado cada detalhe ou seja desde a estrutura física, frequência da comunidade buscando os serviços por lá prestados, a frequência dos funcionários em desempenhar suas atividades, assim como o que ocorre em cada compartimento como nas salas de curativo, nebulização, sala de espera, recepção, farmácia, consultório odontológico entre outros.
    Foi observada que, para uma boa administração, deve-se priorizar o paciente desde a sua entrada até a sua saída, e que nesta estrutura percebeu-se a presença de um grupo de trabalhadores que dividiam-se em diversas tarefas numa tentativa de qualificar o atendimento ao cidadão.
    Durante a visita tivemos o prazer de conversar com Dr. Max, médico da casa há aproximadamente 10 anos, o mesmo expos sua opinião em relação ao que deveria ser feito, o que deveria existir e o que deveria melhorar para que fosse tido como referência em saúde a Unidade. Em suas palavras verificamos o quanto é dedicado ao que faz, ou seja ao serviço público. Logo após tivemos um contato com a coordenadora, e numa roda de esclarecimento informados a situação do povo quanto as suas necessidades, bem como as dificuldade de coordenar o setor.
    Fez referência quanto aos programas existentes, a procura e a demanda, e mencionou que além de ter referência na farmácia, a Unidade dá assistência a 26 mil pessoas que buscam aquele setor, além de possuir 4 equipes de saúde e 2 equipes multidisciplinar, em que a mesma afirmou ser referência no Estado. Com essa visita tivemos a oportunidades de observar diversos pontos que vão desde a logísticas da Unidade de Saúde até as condições de funcionamento, ao qual abriu nossas mentes quanto a sua situação, e como encontra-se a situação do SUS e suas respectivas atuações.

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  41. Aluna: Thaísa Costa Turma A1

    O Brasil apresenta distintos contextos geográficos, sociais e político-administrativos que por si só interferem na implementação de uma Atenção Primária satisfatória em toda sua extensão. Esta vem sendo discutida já há algumas décadas e teve em Alma-Ata (OMS, 1978) sua consolidação como pilar central dos sistemas de saúde mundial. Dentro deste contexto de atenção temos as atuações relevantes das Unidades Básicas de Saúde e das Equipes de Saúde da Família. Esses atores em conjunto chegam a apresentar 85% de resolutividade das demandas de usuários do SUS.
    O SUS, nos seus 25 anos de existência passou e passa por constantes aprimoramentos. As bandeiras iniciais de implantação deram lugar ao foco em políticas de fortalecimento da Atenção Básica a fim de concretizar o caráter universal e integral. Dentre as variadas estratégias utilizadas nesse âmbito temos: Programa Saúde da Família e UBS ampliadas, UNASUS, NASF, PMAQ e mais recentemente o PROVAB.
    A Unidade Francisco Fonseca é um exemplo que compõe o modelo de UBS ampliada. Sendo assim oferece especialidades que vão além do pacote básico de outras UBS. Neste local tivemos a possibilidade de fazer contato direto com a Atenção Primária. Foi observada a estrutura física (condizente com a RDC 50 – ANVISA, 2002), porém, a relação estabelecida com o material humano foi o ponto primordial. Um dos médicos da ESF e a gerente local fizeram exposições bem destoantes sobre a viabilidade do sistema.
    O Dr. Max apresentava insatisfações e queixas como: inexistência de cursos para capacitação profissional e aumento da demanda devido a retornos excessivos dos pacientes, por falta de insumos (folhas de prescrição controlada e medicamentos). Afirmou que neste contexto é impossível cumprir protocolos básicos como os de hipertensão e diabetes. Sentindo-se preso por 40 horas na unidade. Já para a gerente, os insumos existiam e a demanda era gerada pelo próprio médico ao centralizar suas tarefas. O SUS funcionava e era possível, com o que se tinha, ofertar um serviço de qualidade, rompendo com a tradição hospitalocêntrica. Apresentava-se satisfeita consigo e com seu trabalho.

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  42. Continuando...

    Na Francisco Fonseca existe ESF que chega a ser responsável por 6.000 usuários. Este é um fato que sem dúvidas desestabiliza o fluxo desta unidade. A falta de profissionais na Atenção Básica é fator limitante como afirma Brehmer e Cavalcanti (2010): “ a demanda é expressiva, porém a organização da oferta com profissionais suficientes ainda está aquém do desejável para um atendimento de real efeito para usuários. O fato reflete negativamente também para os trabalhadores, pois a exaustão, o cansaço e a incapacidade de atender a todos os usuários e cumprir com todas as exigências do Sistema tornam o profissional insatisfeito”. Isto poderia em parte explicar os argumentos do Dr. Max.
    De fato o médico do PSF não deve se preocupar com demandas, insumos ou exames. Ele precisa focar nas estratégias definidas pelo programa e que são de sua ossada. Inclusive existe um quadro mínimo de ações para o PSF na Norma Operacional da Assistência à Saúde (NOAS – 2001/2002). E é neste ponto exploro minha critica. Das 40 horas, 4 são para estudo, e as demais devem ser divididas entre consultas e estratégias. O planejamento é crucial. Esse é o objetivo do programa, onde mora a singularidade do médico de família, assim como afirma Álvares et al.(2005): “o desenho das ações programadas para as equipes de saúde da família tem, de fato, um caráter terapêutico-preventivista, com forte acento na resposta à demanda por consultas clínicas por parte da população”.
    É preciso valorizar os avanços da atenção básica mais não existe espaço para a acomodação, ainda há muito a se fazer para atender as demandas de saúde da população. De forma ilustrativa podemos citar o exemplo da saúde em Cuba. Quando comparamos os dados de equidade e cobertura da saúde cubana (Osa, 2011) aos brasileiros (DAB), proporcionalmente, temos em Cuba mais acesso da população (960 hab. /UBS) do que no Brasil (5.000 hab. / UBS). Levando em consideração que é um país de economia fragilizada temos muito a aprender com eles. Porém para isto é preciso viabilizar a clareza dos investimentos com uma gestão eficiente para produzir um serviço de qualidade com insumos materiais e capacitação dos recursos humanos. Assim, quem sabe, o Brasil atinja a universalidade do seu sistema assim como foi possível nas terras de Fidel.
    Referências:
    Álvares, J.; Aguiar, R.; Campos, F.C.; Oliveira, V.; Teixeira, P.F.; Vaz, F. C. Promoção de Saúde na Atenção Básica no Brasil. Projeto FUNDEP 8966-OPAS/FM/NESCON/Estudos de Caso. Belo Horizonte, 2005.
    Osa, J. A. de la. Um olhar para a saúde pública cubana. Estud. av. vol.25 no.72. São Paulo, 2011.
    DAB - Departamento de atenção básica, disponível em http://dab.saude.gov.br/atencaobasica.php . Acessado em 20 de janeiro de 2014.
    OMS, Alma-Ata, 1978, disponível em http://www.who.int/en/ Acessado em 24 de janeiro de 2014.
    Brehmer, L. C. F.; Verdi, M. Acolhimento na Atenção Básica: reflexões éticas sobre a Atenção à Saúde dos usuários. Ciênc. saúde coletiva vol.15 supl.3. Rio de Janeiro, 2010.

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  43. Ivânio Grigório Santos Junior
    O posto de saúde está visitado está localizado em uma área estratégica, próximo à várias residências em um bairro muito populoso, que é o Santos Dumont. Logo de início podemos perceber que a estrutura do posto foi organizada de modo a facilitar o acesso por parte dos usuários, possuindo uma rampa de entrada, e uma área ampla e arejada. Fomos apresentados a gerente que nos mostrou os compartimentos e salas, tais como sala de vacina, de curativo e nebulização, de combate a endemias, de odontologia etc. O corredor principal possui piso antiderrapante e a higienização é feita rotineiramente. De um lado realizam-se procedimentos e do outro são consutórios. Em seguido ocorreu a entrevista com um dos médicos do local, o Dr. Adebaldo, que trabalha pelo programa PROVAB e nos explicou acerca do funcionamento do posto e atendimento ao usuário. Realizam-se agendamentos e o acolhimento pode ser feito por qualquer profissional da saúde, visando conhecer as necessidades básicas do usuário SUS. A maioria dos atendimentos são queixas simples, sendo resolvidas no posto mesmo. A maior demanda é para pacientes com doenças crônicas, como diabetes e HÁ. Uma tarde na semana é reservada para gestantes, e o protocolo de atendimento é um mês o médico e no outro o enfermeiro. Os pacientes enfrentam dificuldades de conseguir exames de imagem, exceto a mamografia porque está no protocolo do ministério da saúde. Faltam também especialistas. Já os profissionais reclamam que muitas vezes não há continuidade no atendimento por falta de recursos. No geral foi uma excelente experiência, que muito contribuiu para nossa aprendizagem com relação ao funcionamento da saúde pública brasileira.

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  44. Relatorio referente a visita a UBS Francisco Fonseca

    No dia 16 janeiro eu fui pela primeira vez a uma ubs. Eu tinha uma visao muito diferente do sus do que me foi apresentado. Eu imaginava que cheganbdo la ia ver pessoas em uma emensa fila, esperando desde da madrugada na porta e mesmo assim nao sendo atendidas. Para minha grata suspresa nao foi nada disso que eu vi. Foi me apresentado uma unidade bem estruturada, com uma arrumacao espacial bem organizada com corredores amplos, recepcoes e consultorios estrategicamente posicionados. Depois da minha primeira visita a uma ubs, achei que se pode fazer um servico publico de qualidade, so e preciso interesse do administrador e colaboacao dos funcionarios. Vi tambem, como esperado, que falta muita coisa para que funcione perfeitamente,mas que ali ja era prestado um servico de boa qualidade. Percebi tambem que a falta de integracao municipal, estadual , federal e as burocracias no tocante a compra de materias para o funcionamento dificultam bastante a melhoria do servico. Um lado negativo foi o fato de que muitos vagas nas ubs sao preenchidas por medicos que nao tem um interesse na atencao primaria e so se usa dali para servir de trampolim para residencias. Acho que deveria ter uma permanencia maior nas unidades com incentivos da administracao e um interesse maior dos proprios medicos em permanecer, afinal atencao primaria e a base de uma boa saude. No geral achei bastante interessante a minha primeira visita a uma unidade basica e isso me fez olhar com outros olhos para o sus. Agora eu vejo que o sus e bastante organizado para o que achava que era e ainda tenho esperancas de ver SUS para todos e funcionado muito bem!

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  45. Marckssuelly Cassia da Silva Melo, Turma 1B

    Nossa visita na UBS José Machado de Souza no dia 17/01/2014, me deixou bastante motivada em relação a atenção básica, conhecer a estrutura da unidade e como de fato funciona, nos dá uma dimensão de quão importante é esse primeiro contato do usuário com o SUS, e de como é importante o trabalho desempenhado pelo médico e toda a equipe para que esse usuário, tenha atendimento precoce, resolutivo e de qualidade, e consequentemente desafogando todo o sistema, caso esse usuário não tivesse um atendimento de qualidade. A UBS visitada atende um território bastante significativa 6000 usuários com apenas 6 equipes de saúde, o médico responsável por uma das equipes Dr. Caio Werne nos passou uma boa impressão do contato que o mesmo tem com a atenção primária, de sua experiência como médico recém formado e do PROVAB, e de como essa experiência tem sido válida para seu crescimento profissional, apesar da precariedade do sistema e do grande número de usuários, nos disse que é possível realizar um bom trabalho. O atendimento de uma UBS orienta-se pelos princípios da universalidade, da acessibilidade, do vínculo, da continuidade do cuidado, da integralidade da atenção, da responsabilização, da humanização, da equidade e da participação social. Fazendo uma análise de todo o Sistema SUS e após visita na UBS, a atenção primária é capaz de congregar na realidade "todos" os princípios supra citados. E após visita e conversa com Dr. Caio Werne entendi que o atendimento humanizado é uma importante ferramenta, pois valoriza a qualidade do atendimento, preserva as dimensões biológicas, psicológicas e sociais dos usuários e enfatiza a comunicação e a integração dos profissionais. O trabalho em uma UBS não é fácil, barreiras devem ser transpostas todos os dias, falta de materiais, medicamentos, equipamentos, transporte para visitas domiciliares, enfim, muitas vezes falta o básico, mas, é possível sim prestar um serviço de qualidade.

    http://dab.saude.gov.br/portaldab/smp_como_funciona.php

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  46. Relatório referente a visita da UBS Francisco Fonseca

    A minha primeira visita a uma UBS deixou-me surpreso diante as críticas impostas ao SUS em vários meios de comunicação. A imprensa nacional costuma mostrar de uma maneira acentuada os vários problemas da rede pública de saúde, como a falta de medicamentos ou médicos. Realmente, estes problemas acontecem, mas também deixam de notificar os valores atribuídas que uma UBS oferece para a população depende deste sistema.
    Durante a visita, foi atestado que a relação do atendimento aos pacientes ocorria na maioria das vezes de forma satisfatória e que o principal problema enfrentado era a falta de exames complementares que confirmasse as suspeitas diagnóstica, segundo o relato do médico da unidade Adebaldo.
    Além disso, a gerente da UBS apresentou vários setores que a unidade oferecia, aqueles que despertaram o interesse foi a presença de um consultório odontológico equipado e de uma de sala de curativos.
    Percebi que o UBS está localizado em um ponto que facilita a adesão dos moradores da comunidade ao estabelecimento, ela também apresenta, até o momento, um serviço satisfatório e que permite as pessoas buscarem o alivio de suas queixas.
    Infelizmente, meios burocráticos impedem um funcionamento mais amplo de qualquer serviço público, no caso da UBS, foi relato que existem algumas dificuldades como na compra e entrega de matérias, além do agendamento de consultas e exames dos pacientes, segundo a gerente da unidade.
    Como ponto positivo, destacaria o bom relacionamento entre os médicos, enfermeiros e funcionários da unidade, uma união fundamental para o bom funcionamento de um estabelecimento.
    Portanto, as dificuldades existem, como acontece em qualquer rede pública de saúde do país e até mesmo de redes privadas. Mas, o mais importante e que levarei como aprendizado desta visita é que o SUS não é a "praga" que tanto demonstram, mas sim uma rede efetiva de atendimento primário aos seus usuário, apesar de seus recursos limitados.

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  47. Jamerson Ademir Cantarelli de Carvalho No dia 16/01/2014, Unidade Básica de Saúde (UBS) José Machado de Souza.            Acho que sempre tive uma visão um pouco deturpada em relação às UBSs, talvez pelas críticas maçantes nos nossos meios de comunicações ou mesmo por generalizar impressões pessoais isoladas de más condições do sistema único de saúde, que pensava ser um total caus a assistência à saúde pública em nosso país. No entanto, com a visita a citada UBS, unindo ou conteúdo teórico da disciplina e experiências no decorrer do curso, vejo que o SUS, embora esteja a anos-luz de um sistema perfeito, funciona.       Apesar de ainda ter uma experiência ínfima do que realmente é tal sistema em um país tão grande como o nosso, ao visitar a UBS, a conversa com seus profissionais e de certa forma vendo seu funcionamento e estado de conservação deu uma noção de que o SUS é melhor do que o imaginado. No caso da UBS visitada, apresentava uma estrutura física, na medida do possível, dentro dos padrões estabelecidos pelo ministério da saúde com uma multiplicidade de profissionais e de atendimentos, sendo esta unidade, aparentemente suficiente física e profissionalmente para suprir a população a que se destina, pois não apresentava tumultuada, com longas filas ou depredada por falta de manutenção estando, de certa forma, conservada, no entanto, com a falta de vários artigos básicos como medicamentos, receituários, acesso a exames complementares e mais um tanto de outras coisas. Contudo, percebi que não se trata, basicamente, de investimentos do governo na área que está fazendo com que funcione tal sistema e sim o empenho dos profissionais para superar as dificuldades, que é o “jeitinho brasileiro” driblando os obstáculos que coloca para frente à UBS e consequentemente do SUS como um todo.   REFERÊNCIA: BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. (Série E. Legislação em Saúde) acesso: 30/01/2014 às 22:30.

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  48. Aluno: Thiago Piloto de Andrade

    Já estive em uma UBS algumas vezes, e numa dessas, para conhecer mais sobre seu funcionamento, na semana de recepção dos calouros de medicina. A visita à UBS Francisco Fonseca foi mais uma oportunidade para isso. É fundamental para mim e meus colegas como estudantes da área de Saúde sabermos informações básicas sobre a gestão da mesma em nosso meio, como se estrutura, como o profissional e população estão inseridos nesse processo, etc. Sendo um centro de referência, essa unidade que visitamos mostrou-me ser bem estruturada e organizada, não só fisicamente mas também em sua dinâmica de trabalho. Já se ouve sobre a precariedade da dinâmica de trabalho na Atenção Primária em UBSs, e a insatisfação por parte do profissional médico com essa questão, mas conhecendo um pouco mais na visita, pensei: “Parece ser satisfatório trabalhar aqui como profissional médico”. Mesmo que a UBS Francisco Fonseca seja um local de referência, e que talvez em outras UBSs não tenha a mesma qualidade, pude ver que a Atenção Básica e suas propostas é algo que pode funcionar muito bem, mesmo dentro de suas limitações. Achei interessante ver como a cada pessoa inserida na dinâmica de funcionamento tem seu papel. Como os agentes de saúde, que vão às residências dos pacientes, fazer a triagem, colhendo dados para que se conheça o perfil da população local, o que dá possibilidade ao médico ou enfermeiro fazer uma visita a pacientes mais graves, acamados. Porque, cada um tem uma função fundamental, e a quebra de compromisso, mesmo que seja de apenas um integrante do grupo atuante, já pode em si minar o bom andamento dos cuidados oferecidos pela Atenção Básica. Penso que ainda é preciso, por parte da população em geral, conhecer mais sobre como funciona aquilo que a ela é oferecido na Atenção Básica, saber o que se tem acesso, tema abordado na visita. Muitos pacientes não sabem e erram na procura de lugares não específicos para o tipo de cuidado que necessitam. Esse conhecimento contribuirá para maior adesão e inserção dos pacientes nos locais certos (evitar por exemplo que pacientes busquem tratamento básico em centros de atenção especializada causando superlotação), gerando avanços na Saúde Pública.

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  49. Clarissa Karine Cardoso Teixeira
    O SUS pode ser considerado uma das maiores conquistas sociais da constituição de 1988. A partir da sua criação, as ações e serviços de saúde deixaram de ser restritos e passaram a ser universais. A partir dessa visita e das aulas, pude parar para pensar como isso é importante. Mesmo com todas as dificuldades e demora do sistema, o alívio de ter a quem recorrer mostra o quanto esse serviço é essencial para toda a população brasileira, principalmente os mais necessitados.
    A minha visita foi à UBS José Machado de Souza. Foi uma visita muito proveitosa, pois pude conhecer melhor a estrutura de um posto de saúde e seu funcionamento. Afinal, costumo frequentar essas unidades apenas para vacinas.
    Apesar de o curso ter me permitido visitas anteriores (semana do calouro e VIL-SUS), não tive oportunidade de conversar com um médico. Esse foi o diferencial da visita, pude compartilhar dúvidas e opiniões com um médico. Meu grupo teve sorte, Dr. Caio Werner, médico recém-formado, que nos acompanhou. Ele foi bastante receptivo e, por ter pouco tempo que saiu da faculdade, isso nos aproximou, pois ele viveu a nossa realidade há pouco tempo e tinha dúvidas em relação ao SUS bastante semelhantes. O depoimento dele mudou meu jeito de ver o PSF. Confesso que tive vontade de viver essa experiência e “cursar o 7º período”, principalmente quando ele falou da paciente hipertensa que não conseguia controlar a pressão e ele, com o simples ato de dividir os remédios em potes de acordo com o dia, conseguiu resultados positivos. É assim que eu quero me sentir em relação aos meus pacientes, que eu fiz diferença na vida daquelas pessoas. Ainda assim, ele falou que enfrenta dificuldades com a marcação de exames e a falta de medicamentos, mas que ele consegue contornar.
    No entanto, mesmo tudo sendo tão bonito e gratificante, sei que não são todos os dias que são assim. Aquele dia estava calmo, poucas pessoas, não conseguimos ver os defeitos do PSF de perto. Diferente da outra turma, que viu o oposto. Não posso comentar muito sobre essa visita, pois não estava lá, mas, de acordo com o que foi dito em aula, o médico estava desanimado com a profissão, reclamava da falta de material e medicamentos, desacreditado com a saúde.
    São duas realidades diferentes presentes no cotidiano do mesmo sistema. O programa é muito bom, mas ainda precisa melhorar muito. Principalmente quanto a aumentar o acesso e a agilidade de exames e tratamento, o que atrapalha bastante a eficiência do programa.
    Referência:
    http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/sus_principios.pdf (Acesso: 30/01/2014 22:35)

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  51. Edimário Florêncio dos Santos, turma: 01A.
    Data da visita: 10/01/2014
    Unidade Básica: Francisco Fonseca, Aracaju-Se, Bairro Palestina.

    Apesar de ser usuário do SUS, desde minha infância, a experiência da visita à Atenção Básica de saúde supracitada foi nova e muito proveitosa, posto que pude analisar sua estrutura e funcionamento sob uma ótica diferente, haja vista os conhecimentos que estão sendo adquiridos com a disciplina Saúde Coletiva III, sobre a orientação da professora Ana Débora da UFS.
    Aparentemente a Unidade pareceu simples, sem muitos mistérios, mas surpreendentemente toda sua estrutura foi bem planejada, sob os padrões pregoados pelo Ministério da Saúde, a acessibilidade, cor da pintura, piso resistente e antiaderente, salas e departamentos, limpeza, organização, espera, farmácia, sala de curativos e esterilização, enfim tudo é bem organizado e arquitetado da melhor maneira possível para a atenção à saúde básica, além de ser uma unidade ampliada que oferta até mesmos algumas especialidade básicas da medicina. Todavia notou-se problemas, embora pequenos, mas de cunho de significativa importância, como falta de pintura, medicamentos, insumos de curativos, e até receituário para fármacos controlados.


    Como a estrutura física, a parte profissional e administrativa da Unidade também são bastante organizadas, na qual são divididas em equipes, constituídas por profissionais e agentes da saúde, responsáveis por atender uma determinada porção da população assistida pela Unidade, dessa forma, cria-se metas e se distribuiu equivalentemente os pacientes de maneira que se equilibre a demanda às equipes. A líder administrativa é a gerente, responsável por requerer os insumos e fiscalizar as funções, pontualidade e frequência dos profissionais. Tivemos o prazer e também o desprazer de ouvir a experiência de um médico que trabalha há quase uma década na Unidade, relatando sua insatisfação e frustação com a atenção primária, pensando até em fazer outra graduação, devido o descaso político, desvalorização, falta de incentivo, escassez de exames complementares, cursos de reciclagem, terceirização da saúde e a alta demanda da Unidade.


    Em suma, apesar da extrema importância da atenção básica na saúde pública de um país (posto que promove as campanhas de vacinação, controle das doenças crônicas e reduz majoritariamente as complicações da população e consequentemente desafogando os outros níveis de atendimento e consequentemente os gastos na saúde) de todos os avanços dados pelo SUS, a meta do satisfatório, ainda está longe de ser chamada de ideal. Isso só será possível de ser conquistado através do apoio conjunto e universal de todos, desde a população assistida, através das participações nas reuniões do conselho de saúde, na mobilização e na luta pelos direitos, perpassando pelos profissionais, através do cumprimento ético e humanístico de sua função, se reciclando, fazendo campanhas preventivas de saúde, pelos governantes através do aumento dos investimentos na infraestrutura e insumos, valorização profissional, bem como nós da comunidade acadêmica, através da busca por estágios, promoção de projetos de palestras nas comunidades, bem como na liderança das mobilizações e requerimento de direitos. A solução do problema não está apenas em um, muito menos a culpa da questão.

    Enfim, ao invés de só reclamarmos e de darmos ouvidos a mídia burguesa que só pensa em denotar o SUS e mercantilizar a saúde, vamos arregaçar as mangas, “usar lentes para miopia” e unir forças pelo fortalecimento, defesa e melhora desse bem precioso da sociedade brasileira: nosso dádiva, nosso SUS!
    E que venham mais visitas nas unidades de saúde \o/

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  53. FLÁVIO ARAGÃO SILVA

    A primeira visita foi na Unidade de Saúde Básica Dr. Francisco Fonseca. A experiência foi ímpar e de substancial valor acadêmico e pessoal. Essa visita teve por objetivo ultrapassar as fronteiras do campo teórico e trazer, de modo palpável, a realidade, digo do ponto de vista estrutural e operacional, das unidades básicas de saúde. O Ministério da Saúde conceitua a unidade básica como locais onde se pode receber atendimentos básicos e gratuitos em saúde, respeitando aos princípios da universalidade, da acessibilidade e da integralidade, preconizados pelo SUS. Fomos apresentados a parte estrutural, que confesso, pelo meu preconceito, achava que seria muito mais precária, e também a parte da funcional. Na parte estrutural, havia uma coerência na arquitetura das salas, consultórios e recepção. Havia uma lógica em sua distribuição e organização, porém eram ambientes pouco convidativos pelo desconforto térmico, principalmente na recepção. Vale ressaltar que todas as salas eram sinalizadas. Já a parte funcional, a gerente responsável detalhou a função de cada sala e das equipes que compõe o corpo profissional da unidade. Além disso, falou sobre como os usuários tem acesso a unidade. Apesar dessa lógica e coerência, muitos são os problemas enfrentados na unidade básica. Tanto pelos profissionais quanto pelos usuários. A população, que a unidade abrange, é mapeada pelos agentes de saúde que coletam informações importantes e são repassados aos outros profissionais de saúde o qual estudaram meios de promoção a saúde. Além do que, os usuários usufrui de todos os benefícios oferecidos pela unidade. A chave, portanto, de uma boa funcionalidade dessas unidades, não depende somente do poder público, mas sim de todos aqueles que se beneficiam e também daqueles que estão a serviço da unidade, não importa se é médico, gerente ou auxiliar de serviços gerais o que importa é que todos desempenhem da melhor forma suas atividades.

    http://www.pac.gov.br/comunidade-cidada/ubs-unidade-basica-de-saude
    http://dab.saude.gov.br/portaldab/pnab.php

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  54. Jaquiele Santos Santana
    No dia 17 de janeiro de 2014, fomos conhecer a Unidade Básica de Saúde José Machado de Souza, com o objetivo de melhor conhecer a estrutura e funcionamento das UBS e também criar uma visão crítica embasada do Programa de Atenção Básica.
    A atenção básica corresponde a um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que envolve a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, tratamento, reabilitação de dano e manutenção à saúde (Ministério da Saúde, 2012).
    Antes dessa visita, eu não tinha acesso à atenção básica, apenas me dirigia a ela para tomar vacina. Daí, tinha a impressão de que esta era só caos, atendimento de má qualidade, falta de recursos. Que surpresa foi para mim perceber que essa visão não correspondia à realidade. Que embora existam problemas, como falta de materiais, grande demanda para o número de profissionais existentes, ela consegue atender de forma eficaz uma grande parte da população. Uma população que, muitas vezes, só tem ao SUS para recorrer.
    Fiquei feliz em constatar que há um grande compromisso por parte dos profissionais em proteger e promover a saúde dos usuários. Sendo que este é um dos objetivos da atenção básica: adscrever os usuários e desenvolver relações de vínculo e responsabilização entre as equipes e a população atendida, garantindo a continuidade das ações de saúde e a longitudinalidade do cuidado (MS, 2012). Essa criação de vínculo entre profissional e paciente ficou bem clara na fala de Dr. Caio, o qual nos acolheu e falou abertamente sobre o ano que ele passou na atenção básica. Percebi que Dr. Caio tentou criar vínculo com seus pacientes, um exemplo foi o que ele fez por uma paciente que estava com hipertensão alta descompensada. Ele organizou seus remédios em 7 frascos, uma para cada dia da semana, para que assim ela não esquecesse de tomar os medicamentos, essa ação era feita toda semana; por esse exemplo deu para perceber o compromisso que ele tinha com a continuidade da saúde dos seus pacientes. Segundo FONSECA (2008), quanto maior o vínculo entre o profissional e o paciente, maior a adesão ao tratamento. E é isso que a atenção básica tenta nos proporcionar.
    O Dr. Caio nos falou que esse ano, na atenção básica, serviu para lapidar e aumentar os conhecimentos adquiridos na universidade, chegou a chamar este de ‘’sétimo ano”. Afirmou que os casos atendidos não se resumiam a uma “receita de bolo”, na verdade, ele afirmou ter atendido uma grande variedade de casos. Ele afirmou que é claro que os problemas existiam, como falta de materiais de sutura, de medicamentos, dificuldade para conseguir alguns exames. Mas isso não tornava a atenção básica em um programa ruim e sem utilidade. Ele conseguia atender e resolver um grande números de casos com o que tinha em mão. Com o depoimentos de Dr. Caio confesso que tive uma enorme vontade de também viver esse “sétimo ano”.
    Conforme o Ministério da Saúde, a Atenção Básica é desenvolvida com o mais alto grau de descentralização e capilaridade, ocorrendo no local mais próximo da vida das pessoas. Ela deve ser o contato preferencial dos usuários e a principal porta de entrada e centro de comunicação com toda a Rede de Atenção à Saúde. Observei que a UBS José Machado de Souza obedece a esse critério, visto que ela está instalada perto de onde as pessoas trabalham, estudam e vivem, o que garante um acesso mais fácil à UBS.


    Segundo orientações e especificações do manual de infraestrutura do Departamento de Atenção Básica/SAS/MS, as unidades devem ter, no mínimo, consultório médico, consultório de enfermagem, ambiente para armazenamento e dispensação de medicamentos, laboratório, sala de vacina, banheiro público, banheiro exclusivo para os funcionários, expurgo, sala de procedimentos; e, se forem compostas por profissionais de saúde bucal, será necessário consultório odontológico com equipo odontológico completo. Todos esses ambientes, eu notei presentes na unidade visitada.

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  55. Jaquiele Santos Santana
    Referências Bibliográficas:
    FONSECA, Rosa Maria Godoy Serpa da. Considerações sobre violência doméstica, gênero e o trabalho das equipes de saúde da família. Rev. esc. enferm. USP, São Paulo, v. 42, n. 3, Set. 2008
    Política Nacional de Educação Básica: Série E. Legislação em Saúde, Ministério da Saúde, Brasília/DF, 2012.

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  56. Aluno: Mauricio Bezerra Brandão Neto

    Visita à Unidade de Saúde da Família José Machado de Souza, no dia 16 de janeiro de 2014, localizada no Bairro Santos Dumont.

    No referido dia, tivemos a oportunidade de realizar uma visita a uma Unidade Básica de Saúde. Confesso que deixei o local com uma impressão um tanto quanto positiva da mesma, principalmente quanto à estruturação do espaço físico e seu funcionamento, que segundo a diretora da unidade, atende um contingente populacional de vinte e oito mil habitantes. A Unidade de Saúde da Família José Machado de Souza conta hoje com seis equipes de Saúde da Família. Ao observarmos a recomendação feita pelo Departamento de Atenção Básica (um dos cinco departamentos de atenção à saúde do Ministério da Saúde) de que cada equipe destine-se a acompanhar três mil habitantes, a análise feita é que há um determinado déficit de pelo menos três equipes.

    Em conversa com um dos médicos instituídos na unidade pelo PROVAB (Programa de Valorização da Atenção Básica), ficou estabelecida uma valorosa ideia relacionada a experiência de um recém-formado na atenção básica. O mesmo relatou a organização cronológica de atendimentos, enfatizando que um dia na semana é destinado ao acompanhamento de pacientes gestantes. Reforçou o quão grande é o aprendizado ao se inserir no que se poderia chamar de mundo real, claro que de acordo com o conhecimento teórico, mas não apenas predetermindado pelo rigor apresentado nos livros. Explanou que apesar de não conseguir os 80% de resolutividade propostos para a atenção básica à saúde, aproxima-se deste índice. Uma das adversidades relatadas foi o tempo excessivo para que seus pacientes consigam a realização de exames complementares, o que em muitas das vezes acaba retardando o fechamento diagnóstico e o prosseguimento terapêutico. Campos (2007) afirma que a possibilidade de se construir vínculos duradouros com os pacientes é condição para o aumento de eficácia das intervenções clínicas. Portanto, o PROVAB agrega esses valores e experiências ao jovem que há tão pouco tempo entrou no serviço de saúde.

    Notou-se um bom relacionamento entre as funções, explicitando o caráter interdisciplinar no qual se suporta o Programa de Saúde da Família. Um outro ponto negativo exposto relaciona-se a falta de determinados materiais básicos para o desenvolvimento do trabalho, como um simples bloco de receituário. Assim, apresentando fatores favoráveis e adversos de organização e estruturação que a atenção básica à saúde, representada aqui por esta unidade se manifesta. Observa-se, no entanto, que há um direcionamento evidente para um avanço. São notáveis os avanços quanto ao acolhimento e à capacidade de resolutividade. Dessa forma, são necessários mais esforços das esferas governamentais, como também dos próprios profissionais em transformar a atenção básica à saúde na principal porta de entrada e com eficácia para os usuários do sistema.

    Referências:

    CAMPOS, G.W.S. Papel da rede de atenção básica em saúde na formação médica – Diretrizes, Cadernos ABEM, volume 3, 2007.

    BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. (Série E. Legislação em Saúde).

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  57. Victor Hugo Bernardino de Oliveira
    data da visita: 17/01/2014
    Fomos conhecer a unidade de saúde Jose Machado de Souza, localizada no bairro Santos Dumont
    Para nós futuros profissionais de saúde é muito importante conhecer os locais onde iremos iniciar nossa atuação, as unidades básicas de saúde desempenha um papel social muito importante na sociedade brasileira e são a primeira frente de batalha contra os agravos de saúde. Para ser sincero esperava condições mais precarias de atendimento e ambiente, mas os corredores estavam limpos e nao notei sinais de superlotação. Foi muito bom termos conversado com o Dr.Caio, pois ele nos deu um insight diferente, de quem conhece mais a fundo o sistema, ele relatou que algumas vezes fica sobrecarregado no atendimento e que também faltam muitos medicamentos, o que causa um sentimento de impotencia por não poder prestar o serviço da forma mais adequada em algumas situações. A conversa com ele foi interessante também para podermos entender o papel do medico na UBS, sempre com um acompanhamento próximo do paciente o que é importantíssimo para melhor lidar com as patologias dos mesmos. Conclui que as UBS são muito importantes para o SUS e deve haver maior investimento governamental para que não faltem equipamentos ou medicamentos tão necessários.

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  58. GILENALDO DE GOIS

    Muito se fala e pouco que se conhece do Sistema Único de Saúde, o famoso SUS brasileiro. Não são raros os momentos de críticas, desprezo, adjetivos pejorativos e piadas por parte da população em geral e também por nós, acadêmicos de medicina, e demais da área de saúde. Mas existem qualidades para tal sistema. É preciso que mergulhemos a fundo no seu projeto, nas suas ações, na sua estruturação, nos seus objetivos, na sua execução, na sua gestão e na sua construção. Para que saíamos do senso comum, do ouvir dizer, e possamos juntos a ele contribuir para sua eficácia e sucesso, o que significa uma melhor saúde pública para os brasileiros.
    Nesse sentido, a disciplina Saúde Coletiva, ministrada pela professora Ana Débora, tem nos proporcionado essa oportunidade de conhecer um pouco melhor esse sistema. Uma vez que, nos levando a visita de uma Unidade Básica de Saúde (UBS), podemos compreender a partir de um ângulo novo, que a mesma segue uma estrutura padrão para tais unidades, conforme o Manual de Estrutura Física das Unidades de Saúde, constituindo-se numa das estratégias para o Programa Saúde da Família (PSF). Além do que, as mesmas possuem também uma logística de atendimento geográfico e populacional visando a mais ampla abrangência da atenção primária.
    A primeira UBS visitada foi a Francisco Fonseca, situada no Bairro 18 do forte, Aracaju/SE. Nesta observamos a sua organização física sob a orientação da supracitada professora, que nos mostrou a logística de localização dos corredores, recepção, acolhimento, vacinação, ambulatórios e etc. Em seguida sob o aspecto funcional ouvimos um médico e a gerente da UBS em questão. O médico falara sobre a importância do médico de PSF e das UBS, não deixando de relatar as dificuldades encontradas por ele no tocante à execução de um bom trabalho como falta de materiais, de cursos de capacitação, de melhor gestão da unidade, dentre outros problemas. Em sequência ouvimos da gerente da Unidade detalhes quanto a logística de funcionamento, onde a mesma relatou que a presente unidade é responsável pelo atendimento aproximado de 26.000 pessoas de um determinado grupo de bairros circunvizinhos, que a unidade é composta por seis unidades de PSF, e que a unidade oferece atendimento de clínicos gerais, pediatras, psiquiatras, ginecologistas, além de outros profissionais que compõem o quadro de equipe de saúde da família, como psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros, técnicos, agentes comunitários de saúde e outros.
    Por conseguinte, após observação do preceito na Constituição Federal e na legislação em vigor sobre saúde pública no Brasil, percebo mais de perto que existem problemas práticos que não os conhecia, como os de gerenciamento de recursos materiais e humanos para as UBS. Porém, existe a oferta de serviços de qualidade muito importantes para a população, em especial os setores mais pobres, como por exemplo, a oferta de medicamentos e de serviços ambulatoriais especializados. Fatores esses que somados reforçam meu interesse pelo pleno conhecimento do SUS, em todas as suas dimensões.

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
    BRASIL. Manual de Estrutura Física das Unidades Básicas de Saúde. Brasília: MS. 2008.
    Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política nacional de atenção básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 60 p. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Série Pactos pela Saúde 2006, v. 4)

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  59. YVES GLÁUBER SILVA DOS SANTOS
    Visita à Unidade Básica de Saúde Francisco Fonseca
    A visita à Unidade Básica de Saúde Francisco Fonseca e a explicação recebida elucidou alguns pontos com relação ao funcionamento e importância da Atenção Básica.
    A verdadeira importância é que a função do posto não se limita ao momento do atendimento ambulatorial. A unidade conta com equipes multidisciplinares que são responsáveis pela região e a saúde de seus habitantes. Investigam populações de risco e prestam assistência domiciliar aos pacientes que necessitam de maior controle. A assistência integral permite a criação de um ponto de referencia para os membros da comunidade quanto aos cuidados com a saúde.
    Contrariamente a impressão reinante na mídia leiga e entre a maioria dos próprios profissionais da saúde, a Unidade Básica ocupa um papel privilegiado no cenário da assistência à saúde. Ao avaliar os indivíduos em suas comunidades, inseridos em seu contexto social e cultural, a Unidade Básica tem maiores chances de atingir os critérios estabelecidos de integralidade, humanidade e acolhimento. Com a monitorização de doenças crônicas, evitam complicações deletérias à saúde do paciente e potencialmente onerosas ao Sistema Único de Saúde.
    Após a visita, certos preconceitos largamente difundidos sobre a Atenção Básica foram eliminados, mas ao mesmo tempo a realidade mostrou-se discrepante do modelo como foi idealizado. Há uma distribuição desigual por exemplo. A unidade em questão atende e é responsável por cerca de 26 mil pessoas. Unidades de outras regiões tem uma demanda menor para lidar. E as funções previstas para a Unidade Básica nem sempre são atendidas. Alguns profissionais recusam-se a realizar determinados procedimentos que estariam dentro de suas alçadas (como realizar suturas, trocar curativos e drenos). Como consequência os serviços de média e alta complexidade ficam sobrecarregados com demanda facilmente suprida na baixa complexidade do sistema assistencial. Assim, a Atenção Básica é a base de todo o sistema de saúde, mas ainda enfrenta grandes dificuldades.
    Referência - http://dab.saude.gov.br/atencaobasica.php

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  60. Mateus Santana de Andrade, visita do dia 17 de janeiro de 2014 à Unidade de Saúde da Família José Machado de Souza, bairro Santos Dumont

    Na nossa visita a UBS José Machado de Souza, primeiramente tive o prazer de conhecer a estrutura física da unidade e pôde observar que essa obedece as recomendações do Ministério da Saúde, algo que chamou a minha atenção pelas diversas críticas que a maioria das unidades sofrem por parte dos órgãos de imprensa e parte da população leiga que não tem conhecimento da legislação. Não tinha o conhecimento da estruturação física de uma unidade básica de saúde, e foi uma boa surpresa observar toda a estruturação adequada da unidade.No final da visita, tivemos a oportunidade de conversar com o Dr. Caio Werner, médico recém-formado vinculado ao provab e, assim, podemos trocar experiências a respeito da realidade do atendimento em uma unidade básica de saúde, chamando a atenção sobre a diversidade de casos e patologias vivenciadas por ele num serviço de saúde da família após pouco tempo de formado. Discutimos também a importância do programa no ganho de experiência profissional em recém-formados. Além disso falamos sobre algumas dificuldades do SUS, como a demora para a realização de exames e consultas especializadas e a impossibilidade de determinados procedimentos, devido a fragilidade do sistema.
    Apesar de observar algumas dificuldades expostas pelo profissional que vive naquela realidade, é perceptível e indiscutível a importância do sistema universal de saúde para muitos usuários daquela região que necessitam de um atendimento de saúde ,mesmo que esse ainda esteja em fase de evolução. Assim, uma das grandes organizações de saúde, a Organização Pan-Americana da Saúde(2005), defende que os sistemas orientados para o fortalecimento da Atenção Básica são mais eficientes e têm menores custos, além de produzirem maior satisfação para a população que a utiliza.
    Um dos assuntos da discussão foi o PROVAB (Programa de Valorização dos Profissionais na Atenção Básica) que vêm levando recém-formados para trabalhar em unidades de saúde e assim, proporcionando mais profissionais para o atendimento em determinadas regiões antes dependentes apenas de alguns raros médicos que não davam conta da alta demanda. Pode-se deduzir a importância do programa com um estudo que correlacionou a proporção de médicos de atenção básica em diferentes regiões geográficas com indicadores de saúde populacional, mostrando que os índices de mortalidade infantil e de baixo peso ao nascer eram muito menores onde havia maior assistência médica na atenção básica (SHI,1994 apud Starfield, 2002).


    Bibliografia:
    1- Starfield, Bárbara. Atenção Primária: equilíbrio entre necessidades de saúde, serviços e tecnologias. Brasília/ DF: UNESCO, Ministério da Saúde, 2002
    2-Atenção básica no Estado de Sergipe, saberes e tecnologias para implantação de uma política, 2011, Secretaria do estado da saúde de Sergipe e Fundação Estadual de Saúde/ FUNESA

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  62. Acad.: Nynemberg Menezes Guimarães
    Visita à Unidade Básica de Saúde José Machado de Souza

    A visita foi um pouco diferente, a partir do momento em que entrei na UBS com uma visão voltada a enxergar o outro lado da “moeda”. Estava lá, não para analisa-la como usuário, mas sim para analisá-la como um campo de trabalho, comparável a qualquer empresa pública, bem como as atividades desenvolvidas pelos profissionais que nela trabalham e parte da logística de funcionamento da mesma.
    Foi-me relatado que a referida UBS conta com um bom sistema de regulação, com atividades bem divididas, desde a triagem de pacientes feita pela equipe de enfermagem até a liberação de medicamentos pela equipe da Farmácia, passando pela consulta com a equipe médica e demais profissionais de saúde presentes na Unidade; sugerindo-me, assim, que a UBS desempenha uma atenção básica de boa qualidade aos seus usuários, descentralizando, desafogando o trânsito nos grandes hospitais e dando oportunidade de mais pessoas terem acesso ao Sistema público de sáude. Confirmamos o cumprimento da recomendação básica do Ministério da Saúde em que define Unidades Básicas de Saúde (UBS) como locais onde você pode receber atendimentos básicos e gratuitos em Pediatria, Ginecologia, Clínica Geral, Enfermagem e Odontologia. Os principais serviços oferecidos pelas UBS são consultas médicas, inalações, injeções, curativos, vacinas, coleta de exames laboratoriais, tratamento odontológico, encaminhamentos para especialidades e fornecimento de medicação básica.
    Outro ponto a destacar seria a confirmação prática (do que já sabemos) da importância da figura do Médico cada vez mais próximo da comunidade. Apesar das dificuldades para realização de exames, especialmente exames de imagem, o médico entrevistado, ainda assim, relatou-nos que é capaz de solucionar e acompanhar diversos problemas dos seus pacientes, recomendando-lhes uma boa terapêutica e dando-lhes melhores prognósticos. Afinal, mais da metade dos problemas de saúde são resolvidos com estetoscópio e conhecimento.
    Por fim, fiquei com a impressão de que a UBS José Machado de Souza desempenha bem o seu papel de ser a porta de entrada de cidadãos que necessitam de medidas de sáude públicas, para que, a partir dela, possam ser dados os devidos encaminhamentos ao paciente. Além disso, confirmei a ideia de que as UBS são imprescindíveis para o sistema de sáude do país, ao passo que diminuem o fluxo de pessoas nos grandes hospitais, reservando estes para casos mais graves. Porém, é preciso ressaltar que para dar certo, o sistema precisa funcionar integradamente, o que infelizmente não ocorre em toda a cidade.


    Biliografia:
    Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. http://dab.saude.gov.br/portaldab/smp_como_funciona.php.

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  63. Williasmin Batista de Souza, visita do dia 17 de janeiro de 2014 à Unidade de Saúde da Família José Machado de Souza, bairro Santos Dumont.

    Neste dia tivemos a oportunidade de conhecer toda a estrutura física, que está de acordo com a RDC n° 50/2002 da ANVISA¹ e que se mostrou satisfatória a meu ver, pois, comparando com as outras unidades que conheço, ela é ampla, iluminada e de fácil acesso. Além disso, tivemos a oportunidade de conversar com um médico recém formado que trabalhou durante um ano nesta Unidade Básica de Saúde pelo Programa de Valorização do Profissional e da Atenção Básica (PROVAB). Esta conversa me fez pensar sobre como o tempo de trabalho pode afetar os ânimos, a força de vontade e o humor de um profissional. Esse médico nos mostrou com sua fala um vigor de uma pessoa recém formada que tem todo o prazer em atender os paciente, que tem força de vontade de correr atrás do bem do paciente, que gosta de fazer valer a pena aquilo que faz. E o que ele nos falou e o modo como os outros profissionais do posto o tratavam comprovaram isso. Ele nos mostrou que há sim a possibilidade de resolutividade na atenção primária do SUS. Há como ajudar a população mesmo quando problemas estruturais existem e nos motivou a fazer igual. Outro grupo da turma fez uma visita a um posto que o médico já tinha alguns anos de serviço naquele local e a impressão que foi passada a eles foi exatamente o oposto da que foi passada ao meu grupo, na minha visão. E há um artigo² que mostra um caso muito parecido com a visita ao médico de longa carreira, porém este foi feito no Município de Araruama, Rio de Janeiro. As reclamações são as mesmas: desgaste na atividade por motivos como longa permanência no mesmo local de trabalho; repetição das mesmas vivências; relações conflituosas entre os profissionais da equipe; falta de motivação; falta de resolubilidade dos problemas da comunidade e renda mensal insatisfatória. Fatores que não afetaram o médico de início de carreira que conhecemos. A partir disso comecei a pensar se os problemas que existem na atenção primária em relação, principalmente, às reclamações aos médicos não poderiam ser devido a esta falta de vigor que os anos parecem causar. Comecei a refletir se os problemas do sistema corrompem o homem (aqui em questão o médico) ou os problemas do homem que corrompem o sistema. O tempo em um mesmo local deve sim diminuir o ânimo, mas deveria ser até certo ponto, pois o prazer em ajudar deveria ser eterno.

    Sobre a atividade, em geral, eu gostei bastante. Temos poucas oportunidades na graduação de conhecer o sistema de saúde na realidade e visitas como essas são essenciais para não terminarmos a graduação e começarmos a trabalhar como “peixes fora d’água”. Enfim, posso dizer que a visita me incentivou a trabalhar em um PSF antes de ir cursar residência.

    Referências:
    ¹ Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução – RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002.
    http://www.anvisa.gov.br/hotsite/segurancadopaciente/documentos/rdcs/RDC%20N%C2%BA%2050-2002.pdf

    ² MARCHON, Simone Grativol; CUNHA, Zeilma da. Diagnóstico dos problemas que interferem nas ações do PSF do município de Araruama: sugerindo empowerment como teoria organizacional. Revista Brasileira de Medicina de Família e da Sociedade, Rio de Janeiro, v. 8, n. 13, p.040-045, abr/jun 2008.

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  64. Marcel José Cardozo Barros
    A visita à Unidade Básica de Saúde Dr. Francisco Fonseca me foi bastante esclarecedora, tanto em relação à sistemática geral de como uma UBS funciona, quanto para modificar alguns pensamentos críticos generalistas a respeito do SUS.
    Mantinha uma ideia (pré- estabelecida a partir das críticas que são feitas à saúde pública brasileira) de que, ao entrar na UBS, teria acesso a um ambiente relativamente tumultuado, mal cuidado e desorganizado; ao entrar na UBS, presenciei o contrário daquilo que pensava encontrar. O ambiente apresenta uma estrutura física bem planejada, cujos consultórios médicos e salas de enfermagem estão dispostos de modo a facilitar a atuação interprofissional, assim como as áreas destinadas ao setor burocrático de atendimento são capazes de acomodar os pacientes e facilitar o fluxo de pessoas na unidade. Além disso, o fato de termos sido recebidos por uma profissional que nos acolheu e esclareceu a respeito de como basicamente funciona uma UBS foi algo que transpareceu compromisso por parte dos profissionais que ali trabalham (fato que também contrariou a ideia de desorganização no que concerne à eficiência da função desempenhada pelos profissionais na unidade). Após essa visita, ficou mais fácil entender que uma UBS, pelo modo como funciona, é realmente capaz de abranger as necessidades da área cuja população está sob sua responsabilidade, dadas as respectivas limitações . Consequentemente a essa mudança no modo de encarar a atuação de uma UBS, percebi que é necessário apurar a capacidade de crítica, passando a exercê-la com base no pleno conhecimento a respeito de toda a sistemática envolvida em seu funcionamento (e que reflete, em menor escala, o sistema de saúde brasileiro em geral). Para isso, é preciso ser capaz também de reconhecer todas as dificuldades com as quais o SUS tem de lidar.
    Em síntese, a visita à UBS Dr. Francisco Fonseca foi surpreendente por ter sido capaz de lançar uma faísca de otimismo ao mostrar um sistema que, em meio às limitações que sabemos que existem, funciona. E esse otimismo é de fundamental importância, principalmente quando vivemos um momento em que a saúde pública brasileira tem sido considerada como “arruinada e afundada na lama”.

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  65. Raphael Almeida Santiago de Araujo

    Inicio meu relato atentando para o fato de que essa foi a primeira experiência que nossa turma teve numa unidade básica de saúde, durante todo o curso de medicina, apesar da enorme importância da atenção básica. Iniciativas como essa poderiam iniciar desde cedo, pois essa área será preenchida por muitos de nós logo após a conclusão do curso. A nossa visita aconteceu dia 9 de janeiro de 2014 na Unidade de Saúde Dr. Francisco Fonseca, onde discutimos muitos aspectos organizacionais, de gestão e funcionamento da unidade. Foi perceptível que durante a visita, muitas dúvidas foram surgindo, e todas foram elucidadas pela professora e pela gestora responsável pela unidade. Logo no início da visita, nos foi explicado a logística organizacional e estrutural: detalhes como a presença de azulejos até a metade da parede para facilitar na limpeza, a utilização de piso de alta resistência padronizado em todas as unidade, assim como a distribuição das salas na unidade, com a presença de banheiro no consultório ginecológico, sala para vacinação e expurgo localizado no final do corredor e com uma porta que dá acesso a área externa. Minha impressão pessoal da estrutura física da unidade foi bastante positiva: o local é bem localizado, bastante organizado, limpo e ventilado. A Unidade Dr. Francisco Fonseca atende um contingente de aproximadamente 25.000 pessoas, e todas elas são acompanhadas com visitas periódicas dos agentes de saúde, que atentam para as necessidades de cada família que é atendida. A população residente nessa área conta com diversas equipes assistenciais, que realizam o acompanhamento dos doentes crônicos, visitas domiciliares, e os cuidados gerais que eles necessitam. Também pudemos entender como ocorre a marcação das consultas, a liberação dos medicamentos, a regulação para encaminhamento de exames e médicos especialistas, entre outros tipos de assistência. Entendo que essa experiência foi de grande importância para a minha formação médica, e espero expandir ainda mais meus conhecimentos sobre a atenção básica de saúde no Brasil nas próximas visitas!

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  67. Michel Fábio da Cruz Ferreira

    A primeira visita foi à Unidade Básica de Saúde (UBS) Fernando Franco que é considerada uma referência em saúde básica por atender às prerrogativas do SUS enquanto atendimento universal, integral e continuo. Além disso nos foi mostrada a estrutura física que se encontrava bem cuidada, limpa e que também segue as diretrizes estabelecidas pelo SUS enquanto logística de ambiente hospitalar. Vale lembrar que, conforme foi dito anteriormente, essa UBS é referência, e nem todos os postos de saúde são tão bem adaptados estruturalmente.

    Após conhecer o estabelecimento houve uma conversa informal com o médico recém formado, Caio Werner, que trabalha na UBS pelo programa PROVAB e também como preceptor do internato de clínica médica. Ouvimos relatos de muitos pontos negativos e positivos referentes ao trabalho na atenção básica de saúde que contribuiu para o entendimento de como funciona a rede básica e o sistema PROVAB. Dentre os pontos, vale ressaltar um deles: Foi quando o Dr. Caio relatou a história de uma paciente idosa e hipertensiva grave que não aderia ao tratamento pelo grande número de medicamentos receitados. A pressão dela só foi reduzida com a dedicação dada particularmente a ela pelo médico através de uma manobra de condicionamento para que ela aprendesse a tomar os medicamentos e com o tempo a pressão foi reduzida à faixa normal. Isso reflete o que é fundamental para o sistema da atenção básica que é o cuidado.

    Não precisa ser dito que é justamente o contrário que acontece muitas vezes na atenção básica: Descaso. Caso essa paciente fosse negligenciada pelo médico, ela provavelmente iria sofrer um agravo em breve, ser encaminhada ao Hospital Geral (HUSE) e correr sério risco de morte, além de contribuir para a superlotação do setor de Emergência. É isso que em geral acontece: Como se fosse um edifício, a falha na base repercute no ápice das estruturas de saúde.

    Se a atenção básica funcionasse como um todo segundo o conceito que esse médico aplicou haveria um melhor cuidado com a saúde da população, uma diminuição da demanda dos setores secundário e terciário e uma melhora no funcionamento da rede. Dia-a-dia fica mais claro que cada elemento é fundamental para girar as engrenagens que movem o SUS e todos os envolvidos devem fazer a sua parte.

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  68. Francisco José Nascimento Lima – turma 01 B
    Em 30 de janeiro de 2014 foi realizada a 2º visita, inerente à disciplina Saúde Coletiva III, no Centro de Especialidades Médicas de Aracaju (CEMAR), locado no bairro Siqueira Campos. O mesmo constitui um nível de saúde de média complexidade, que divide a prestação de 10 serviços com outra unidade presente no Conjunto Augusto Franco.
    Segundo o Ministério da Saúde, a organização da assistência à saúde no SUS, concebida enquanto rede articulada entre a atenção básica, média e alta complexidade, é caracterizada pela centralidade dos procedimentos médico-hospitalares sobre a promoção da saúde, preponderantemente. O nível de média complexidade envolve ações e serviços de saúde que visam atender aos principais problemas e agravos de saúde da população, realizados em ambiente ambulatorial ou hospitalar, que exigem a utilização de equipamentos e profissionais especializados e a utilização de recursos tecnológicos para o apoio diagnóstico e tratamento. Está integrado à atenção básica através de um sistema de regulação. Além disso, na média complexidade também são desenvolvidas ações de promoção, proteção, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde.
    A atenção média foi instituída pelo Decreto nº 4.726 de 2003, que aprovou a estrutura regimental do Ministério da Saúde. Suas atribuições estão descritas no Artigo 12 da proposta de regimento interno da Secretaria de Assistência à Saúde.
    As equipes devem ser compostas por diferentes profissionais: assistentes sociais, cuidadores, dentistas especialistas (buco-maxilo, endodontistas, periodondistas), enfermeiros especialistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, médicos especialistas (angiologistas, cardiologistas, cirurgiões, dermatologistas, endocrinologistas, gastroenterologistas, geriatras, ginecologistas, hematologistas, mastologistas, nefrologistas, neurologistas, otorrinolaringologistas, oftalmologistas pediatras, pneumologistas, psiquiatras, reumatologistas, urologistas), nutricionistas, psicólogos, técnicos de enfermagem, recepcionistas, assistentes administrativos, entre outros. Os serviços que também podem estar envolvidos são: cirurgias ambulatoriais especializadas, procedimentos traumato-ortopédicos, patologia clínica, anatomopatologia e citopatologia, radiodiagnóstico, exames ultra-sonográficose e terapias especializadas (psicoterapia).
    O trabalho dessas equipes também deve priorizar a atenção aos grupos de risco (crianças, gestantes, idosos, hipertensos e diabéticos) além daqueles usuários cujo processo de adoecimento exige cuidados diferenciados daqueles dispensados na atenção básica. Na prática isto significa a atuação de uma equipe multidisciplinar, onde cada profissional vai atuar inserido em sua linha de conhecimento, em prol do paciente.
    O CEMAR visitado atende esses requisitos por albergar uma série de especialidades médicas e das outras áreas de saúde. Gostaria de destacar, baseado nas informações prévias, duas vertentes. A priori, três aspectos que considerei positivos em relação ao cuidado com os pacientes, relatados pela docente da disciplina, Dra. Ana Débora: (1) a interação médico infectologista X psicólogo no programa DST/AIDS, onde o teste de HIV é realizado rapidamente, gratuito e não precisa marcar; (2) o Programa Mãe Coruja e o (3) Hospital Dia/ Centro cirúrgico.

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  69. Francisco Lima – turma 01 B, continuando

    Por outro lado, obtive várias impressões negativas a respeito de outros pontos. Primeiramente, houve um déficit importante no acolhimento a nós estudantes de medicina. Mesmo com a visita previamente agendada, apenas a professora Ana Débora elucidava-nos, de modo preliminar, sobre a estrutura físico-organizacional do CEMAR, sem nenhum funcionário da unidade disponível para apresentar a unidade aos alunos; inclusive, pelo que constatei, por um considerável período de tempo, não havia ninguém na recepção para nos orientar, bem como para fornecer informações precisas aos pacientes. Outro aspecto negativo foi a estrutura física da unidade. Trata-se de um prédio readaptado do antigo INAMPS, com espaço considerável – dado o perfil de atendimento pelo qual é encarregado o CEMAR – não obstante, com precária sinalização, isto é, mesmo havendo placas direcionando os locais dos consultórios das referidas especialidades médicas, adentrar aos corredores da unidade parecia ingressar numa espécie de labirinto, aonde era factível “perder-se” na mesma. A única lógica que constatei em termos de coerência na acessibilidade foi uma rampa de acesso diferenciada para os portadores de hanseníase e tuberculose, a fim de atenuar o risco de contaminação. Outro item que merece ser ressaltado é a sensação de quase um total descaso em relação ao serviço de fisioterapia. Patrícia, a responsável pelo setor, pareceu-me uma profissional séria e comprometida com o funcionamento adequado do mesmo, relatando que este atravessa uma fase de readaptação. Na verdade, para mim, ela fez um desabafo diante da escassez de fisioterapeutas especialistas (só havia dois neurológicos) e de outros profissionais para acompanhamento interdisciplinar (terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, entre outros) frente à crescente demanda de pacientes que para lá acorrem. Acrescenta-se a este fato o não funcionamento da piscina, desde que foi inaugurada há 10 anos. Assim, uma autêntica reabilitação funcional parece mais uma utopia.
    Do mesmo modo, segundo o Ministério da Saúde, os atendimentos no nível de atenção de média complexidade devem ser programados e encaminhados das unidades da atenção básica e da própria rede especializada, através do agendamento via internet, no Sistema de Regulação, com apresentação do cartão SUS. Esse ir e vir do usuário na rede de saúde exige que o primeiro encaminhamento seja feito na unidade da atenção básica, após avaliação do profissional de saúde habilitado para este procedimento de saúde. Logo, cada uma das unidades da atenção média tem uma missão específica e deve garantir o retorno do usuário à unidade da atenção básica, a fim de possibilitar a continuidade do tratamento.

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  70. Francisco Lima -Turma 01 B, continuando...

    De fato, segundo Dora, gerente do Serviço de Cardiologia do CEMAR, os pacientes vêm agendados das UBS e dos municípios. Exames como o ECG é agendado via “porta aberta”, enquanto o Mapa e o Holter, via regulação, por exemplo. As consultas são realizadas das 7h às 19h (em geral até às 17h) com cardiologistas de grande preparo. Contudo, percebi, pelas palavras da Sra. Dora, que a prestação de serviços de saúde pelo CEMAR regrediu frente ao notório incremento de pacientes. Tive a impressão que, há pouco tempo, a unidade conseguia atender melhor esse considerável contingente. Vem a corroborar tal assertiva a existência hoje de apenas 10 vagas semanais para realização do ecocardiograma, incluindo pacientes cardíacos, transplantados, gestantes e graves, além de uma única sala de reanimação cardíaca. Além disso, há falhas importantes e já evidenciadas no sistema operacional – referência (o especialista analisa o relatório do generalista sobre o paciente) e contra-referência (o especialista reenvia o paciente à UBS) –, contrariando o que fora preconizado previamente pelo Ministério da Saúde. Vários pacientes vêm ao CEMAR sem saber o porquê (pensam que é para exames, onde, na verdade, é para consulta.). Alguns que chegam trazem exames repetidos e/ou desnecessários, enquanto outros são perfis de atenção básica, não de média complexidade. Também foram relatados desacertos de comunicação com o SAMU em situações emergenciais que porventura ocorrem.
    Logo, diante do exposto, a experiência da visita ao CEMAR foi bastante satisfatória e única, pois nunca havia vivenciado na prática uma unidade de atenção em média complexidade, somente nos níveis de baixa e alta (este em unidade de terapia intensiva). Percebi o quanto é imperiosa a perfeita conexão entre ela e a atenção básica, visto que, com qualquer entrave nessa sintonia, o maior prejudicado é, sem dúvida, o paciente. Além disso, do mesmo modo que aconteceu na visita anterior à UBS, intuí um enorme esforço por parte dos profissionais entrevistados de proporcionar o melhor aos pacientes diante do descaso dos Poderes Públicos, atrelado também a uma burocracia imensa que rege várias instituições públicas da sociedade brasileira e que impactam no gerenciamento adequado da máquina estatal. A não reversão desse quadro pode implicar no descaso ainda maior em relação ao SUS, quiçá no seu colapso.

    REFERÊNCIAS:

    http://www.portalvr.com/sms/index.php/component/content/article/12-interno/19-rede-de-media-complexidade
    http://robertolazaro.net/atencao-de-media-complexidade-a-saude/
    http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-81232010000700007&script=sci_arttext

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  72. Helaina Peixoto Gurgel

    A visita ao Centro de Especialidades Médicas de Aracaju (CEMAR), do dia 31 de janeiro de 2014, foi essencial para compreender um pouco mais da atenção básica na rede pública.

    Na visita anterior, conhecemos uma UBS que possui médicos clínicos e poucas especialidades, estes realizam o primeiro atendimento. Ok, mas se o paciente necessitar de um especialista que não tenha no posto? Ele teria que pagar consulta particular ou simplesmente ficar sem cuidados? Até então era assim que pensava! A visita ao CEMAR semana passada esclareceu bastante isso. Aqueles que necessitam de uma especialidade - que não tem no posto - são encaminhados para esse Centro no Siqueira Campos, aí eles conseguem marcar neurologistas, endocrinologistas, cardiologistas e tantas outras especialidades num tempo de espera relativamente curto! A estrutura tanto física quanto de equipe me deixou bastante esperançosa quanto a saúde. Isto porque a minha ideia sobre quem depende do SUS era mais ou menos assim: os usuários teriam que esperar três meses para ser atendido por um clínico e para um especialista então, só tendo fé. Demos graças que não é isso a realidade, e sim, a imagem passada pelo sensacionalismo midiático, já que o atendimento à população consegue ser realizado pelo profissional adequado e sem esperar tanto para isso. Outro ponto interessante, que tinha me questionado na visita à UBS, foi a seguinte: os médicos das unidades passam exames para os pacientes e eles os fazem onde? Alguns são feitos no CEMAR, como teste rápido de HIV, eletrocardiogramas, ecocardiogramas, MAPA, etc. No local há ainda fisioterapeutas, odontologistas e até um pequeno centro cirúrgico.

    O CEMAR é um centro de saúde multidisciplinar e um elo fundamental complementar às UBS.

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  73. Marcel Lima Andrade
    Relatório de visita ao CEMAR Siqueira Campos
    A visita a um nível mais avançado de atenção à saúde mostrou-se extremamente positiva. Foi importante observar a quantidade de serviços oferecidos e a sua diversidade. Achei interessante o fato de que em alguns serviços o paciente só pode acessar após encaminhamento da unidade de saúde, o que se faz extremamente necessário não só para evitar uma superlotação do serviço de especialidade, como também estimular o paciente a procurar primeiramente a atenção básica. Essa característica se torna mais visível quando comparamos com serviços “porta-aberta”. Outro aspecto importante foi a existência de diversos serviços multidisciplinares e a concentração dos mesmos em um só local, o que facilita para o paciente que por muitas vezes acaba tendo que frequentar diversas especialidades.
    Apesar de haver um menor controle, creio que alguns setores deveriam ser mais descentralizados devido a sua maior prevalência como o setor de feridas e de pacientes aidéticos. Além disso, a existência de mais centros de qualidade como esse poderia diminuir a procura da população aos serviços mais avançados de saúde, ajudando a desafogar as salas de urgência de hospitais como o Hospital de Urgências de Sergipe que recebe muitos pacientes passíveis de serem atendidos em níveis mais básicos de atenção à saúde assim como educar a população a procurar primeiramente sua UBS.

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  74. André Augusto de Vasconcelos Ouro Reis

    Em nossa segunda visita a uma unidade de saúde da disciplina Saúde Coletiva II, visitamos o CEMAR- Centro de Especialidades Médicas de Aracaju.
    Preocupando-me em tentar ser o mais imparcial possível, acredito que essa proposta serve para que haja um melhor oferta de serviços àqueles que precisam de uma maior atenção, devido a um estado de saúde mais complexo.
    A visita deu-se em uma manhã do dia 31 de Janeiro, e tivemos como guia a professora da disciplina. Por motivos de logística, nossa turma foi dividida em dois grupos- sendo que cada grupo visitou diferentes partes do complexo. À medida que conhecíamos parte da estrutura física, algumas características do CEMAR chamaram a atenção, sendo a principal: Não é um “serviço porta-aberta”; tem de haver encaminhamento de um profissional da atenção básica.
    Conheci também a área reservada aos pacientes HIV positivos e portadores de AIDS, que consiste em uma parte do Centro voltada para a realização de testes de sorologia e administração de drogas- único local no Estado. Importante salientar que esse serviço é aberto, sem necessidade de encaminhamento.
    O CEMAR é de fato um meio de a população de menor acesso econômico obter serviços especializados, que não seria possível em sua Unidade Básica da região.

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  75. Gilenaldo de Gois
    A visita ao CEMAR (Centro de Especialidades Médicas de Aracaju) foi muito enriquecedora. Em primeiro lugar, este centro que leva o nome de Aracaju serve de apoio não só aos munícipes da capital, mas para todos os sergipanos, de todos os municípios. Destaca-se também o fato de que ele fornece serviços de atenção básica, mas prioritariamente serviços de atenção secundária ou especializada.
    Ao adentrar no recinto, acompanhado da professora e dos colegas, ao observá-lo, ao ouvir explicações da professora e da gerente do CEMCA (Centro de Especialidades Médicas para a Criança e o Adolescente), uma das divisões do CEMAR, tiro algumas conclusões. Dentre elas a de que existe uma grande oferta de serviços desconhecida por min até então, e creio desconhecida por boa parte da população do interior do estado de Sergipe, em especial as parcelas mais carentes. Outra coisa que achei muito interessante diz respeito ao sistema de marcações de consultas e atendimento, que obedece a proporcionalidade populacional de cada município.
    Por conseguinte, ao focar a estrutura organizacional do SUS, tendo visitado já uma unidade básica de saúde, e agora uma unidade mais avançada, percebo que há uma possibilidade real e não utópica do cumprimento dos princípios doutrinários da Universalidade, Integralidade e Equidade do SUS e de oferecer uma saúde mais qualificada à população. Isso não quer dizer que essa estrutura e funcionamento esteja perfeito, ou mesmo satisfatório à população, tampouco devemos afirmar que é um modelo fracassado, sem coisas boas, como muitas vezes ouvimos falar.
    Observo, assim, que cabe a nós enquanto estudantes conhecer minuciosamente o pleno funcionamento do SUS para quando formados e profissionais exercermos um papel participativo que contribua para a melhoria da oferta de saúde, e exercermos também um papel educacional para população na qual estivermos inseridos, no sentido de informação e orientação que possibilite acesso para todos a todos os serviços do sistema, conforme a sua necessidade.

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  76. Wander Fagundes Soares de Lima

    Foi feita a visita interna à UBS José Machado de Souza, a fim de conhecermos a estrutura física, a gestão dessa unidade e a sua importância na saúde pública. Como muitas unidades básicas, se não todas, oferece consultas médicas, inalações, injeções, curativos, vacinas, coleta de exames laboratoriais, tratamento odontológico, encaminhamentos para especialidades e fornecimento de medicação básica. Porém, tudo isso ocorre de maneira muito mais organizada do que eu imaginava, mesmo com alguns problemas que ainda devem ser resolvidos, como demora em marcação de exames e falta de alguns medicamentos vez ou outra. Observei muito mais pontos positivos do que negativos em relatos da equipe, o que me deixou muito animado.
    Foi relatada a importância de haver médicos nos períodos de manhã e tarde, tanto por causa de consultas marcadas, quanto pela necessidade de atendimento em casos agudos, e algo que me deixou, assim como outros pontos já citados, muito entusiasmado foi a confirmação do médico de que pode haver alta resolutividade de casos na atenção básica, reduzindo muito os casos que chegam aos outros níveis do sistema. Pude, em minha opinião, ratificar a importância das unidades básicas na organização do Sistema Único de Saúde (SUS), integrando-se aos níveis de média e alta complexidade.
    Sem dúvida, apesar de visitas minhas anteriores a unidades básicas de saúde, não pude deixar de sentir que a intenção teórica é muito boa e que, se todos cumprirem com seus deveres corretamente e tentarem melhorar cada vez mais, tanto fortalecendo os pontos fortes do sistema, como apontando e reduzindo os pontos fracos, a saúde pública tem muito a ganhar.


    Biliografia:
    Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. http://dab.saude.gov.br/portaldab/smp_como_funciona.php.

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  77. Igor Felipe Santos Santana
    No dia 17/01/2014, para que conheçamos de uma forma mais a fundo o funcionamento de uma Unidade Básica de Saúde e o trabalho que o médico tem nessa instituição, foi realizada uma visita na UBS José Machado de Souza, que fica localizada no Bairro Santos Dumont. A primeira parte da visita foi um reconhecimento do prédio, feito pela profª. Ana Débora, para que víssemos como é estabelecida a divisão das salas, por exemplo, área clínica e área de procedimentos separada, sala de expurgo sendo a mais isolada da unidade, além de detalhes físicos que ajudam na não contaminação e facilitam a limpeza como revestimentos brancos até a metade da parede, cantos de parede arredondados e piso de alta resistência. A segunda parte foi muito esclarecedora e reconfortante para mim, pois fomos conversar com Dr. Caio Werner, médico da unidade, meu colega de algumas ligas e um estudante excepcional. Dr. Caio falou da sua experiência de trabalho na unidade, afirmando que chegou num momento conturbado da unidade e ele conseguiu colocar a instituição mais nos eixos com jogo de cintura, ajudando os mais necessitados com amostras grátis de remédio, por exemplo. Ele relatou para nós também que a área de atenção básica é um momento de lapidação dos conhecimentos e condutas, pois o paciente vem sem triagem e você tem que “se virar”. Eu, como estudante, não me imaginava trabalhando nessa posição, pois sempre achei que o SUS seria um entrave na profissão, mas o comportamento descrito pelo Dr. Caio Werner abriu-me alguns horizontes que antes não visualizava e vi que é possível trabalhar na atenção básica e ajudando o SUS a ser um pouco melhor com nossas atitudes.

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  78. Mariana Aguiar Machado

    Visita à Unidade Básica de Saúde Francisco Fonseca, 10 de Janeiro de 2014.

    Observamos tanto a estrutura física do local, bem como a dinâmica do atendimento aos pacientes com aux´lio de um médico e da gerente da Unidade Básica de Saúde (UBS). Na realidade, me surpreendi com a situação encontrada, pois a visão que normalmente temos é a de um ambiente sujo, mal cuidado ou até mesmo abandonado e o que encomtramos foi uma unidade bem estruturada, com salas de atendimento limpas e em boas condições de uso. Foi nítida a capacidade de organização, já que dentro de suas limitações consegue-se cuidar de mais de 16 mil pessoas. A unidade também é responsável pela distribuição de remédios para as outras UBS da capital. A marcação de consultas é bastante satisfatória pois em menos de sete dias consegue-se realizá-las com a equipe médica que por sinal é bem ampla estando, entre outros, psiquiatras, pediatras, ginecologistas à disposição. O horário de funcionamento da unidade vai das 7h às 17h diariamente.
    A atenção básica deve ser o contato preferencial dos usuários com o Sistema Único de Sáude, uma vez que é a principal porta de entrada nas redes atenção à saúde( Portal da Saúde 2014).
    A unidade Francisco Fonseca preenche os pré-requisitos básicos do programa fazendo um papel de "ponte" no Sistema de Redes de Atenção à Saúde, cumprindo o seu papel no que se refere ao atendimento domiciliar e ambulatorial.

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